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elevador da bica

Os carmonistas

30 abril 2007 :: Guarda-freio: Vìtor Matos

Nasceu um curioso blogue há uns dias: os que querem que Carmona fique (aqui). Há por ali defensores acérrimos do professor, com argumentos no mínimo discutíveis. Para amostra, bastam estes dois posts. Os comentários são meus.

"É inquietante que nenhum responsável político ou judicial explique à turba ignorante o que é ser arguido e o que isso representa. Ou se calhar é mesmo assim e este País está mesmo condenado à mediocridade" - Francisco Moita Flores, presidente da Câmara de Santarém, ex-PJ. Moita Flores devia ir à São Caetano explicar isso ao "ignorante" que o convidou para concorrer pelo partido que o elegeu em Santarém. A regra não é da "turba", foi criada por Marques Mendes, e agora o presidente do PSD está refém dos seus próprios actos. Se Carmona se transformar numa excepção e não tiver o mesmo caminho dos seus vereadores, é a credibilidade do próprio Marques Mendes que fica em causa.

"O PS e o PSD têm sempre necessidade de alimentar os seus homens do aparelho. Carmona começou a colocar isso em causa" - Anónimo. Não percebo o post deste anónimo que quer que carmona fique. Lembram-se das notícias sobre a quantidade de assessores das mais variadas secções do PSD de Lisboa que pululavam pelos gabinetes da vereação? Lembram-se que Carmona se comprometeu a despedir 20% desses avençados? Alguém deu conta que isso aconteceu? Não sei se os boys do PS andam bem nutridos, mas o PSD tem alimentado, e bem, o seu aparelho na CML.

Mendes e o carácter de Carmona

:: Guarda-freio: Vìtor Matos

Quem é tão lesto a apontar falhas de carácter aos adversários, só tem uma maneira de lidar com Carmona Rodrigues: agir como se deve proceder com quem apresenta falhas de carácter. Exemplarmente. Assim é que Marques Mendes devia reagir ao modo, aliás lamentável, como o presidente da Câmara de Lisboa lidou com as notícias que o dão como arguido no caso Bragaparques. Carmona, segundo o Público, foi a uma feira de motos antigas em Londres, sem avisar ninguém. O seu assessor recusava-se a dizer para onde tinha viajado o autarca. Ora o dr. Mendes tem aqui uma boa deixa: ponha-o a andar de mota, e numa das modernas, que andam mais depressa.

De Espanha nem boa imprensa...

24 abril 2007 :: Guarda-freio: Vìtor Matos

Concordo inteiramente com este post do Pedro Correia no Corta-Fitas. Tanto me faz se o patrão é português ou espanhol, mas preocupa-me como os grupos espanhóis encaram o jornalismo. Vamos ver o que será da TVI. Há uns tempos, um destacado político português dizia-me, quase indignado, que jamais os jornalistas espanhóis lançariam a polémica que os portugueses criaram na viagem de Sócrates à China, quando o ministro Manuel Pinho propagandeou a mão-de-obra barata. Eles jamais fariam ondas no estrangeiro. Defenderiam a pátria e o primeiro-ministro. Seriam bem comportados, mansos, obedientes. Maus. Eu respondi: nem tudo o que vem de Espanha é bom. Os jornais têm qualidadade, claro, grandes meios, mas são demasiado biased - como dizem os amaricanos - e a prova mais escandalosa disso mesmo aconteceu nos dias seguintes ao 11 de Março. Nisso, apesar de tudo, os jornais portugueses podem dar algumas lições. A independência continua a ser a melhor solução em Portugal.

E não me venham com a velha Inglaterra, porque se a nossa imprensa fosse como a de lá, algumas carreiras politicas já tinham acabado, às mãos dos jornais da própria tendência...

Pontos e cardeais

23 abril 2007 :: Guarda-freio: Vìtor Matos

Jorge Sampaio ficou muito preocupado com a liberdade e a democracia em Portugal, quando se deu o chamado Caso Marcelo, na TVI, durante o Governo Santana. E hoje, Cavaco Silva será sensível ao mesmo tipo de assunto? O que significa para o actual inquilino de Belém a nomeação do cardeal Pina Moura para o conselho de administração da Media Capital, assumindo o que ele assume esta semana ao Expresso? (E, claro, tendo como pano de fundo e contexto, as tão faladas pressões do primeiro-ministro sobre os meios de comunicação social). Durante o Governo de Santana, se fosse nomeado um militante destacado do PSD para presidir à TVI, caía o Carmo e a Trindade. É a prova que os pesos e as medidas não são os mesmos tendo em conta o lastro que os actores políticos já trazem.

Orgulho... e preconceito

:: Guarda-freio: Vìtor Matos

Paulo Portas disse no seu discurso de vitória que o País tem preconceitos contra ele. Mas que preconceitos? Por ser de direita, por ser de centro-direita, por ter sido jornalista, por ter sido anti-cavaquista, por ter mudado muitas vezes de opinião, de fato e e chapéu?... Não percebo. Havendo 93% de eleitores que não votam nele, também houve 50% de eleitores que não votaram em Sócrates: nesta lógica, que preconceitos terão 50% de eleitores contra o primeiro-ministro? Que mensagem quer Portas passar ao dizer isto?

Ironias

19 abril 2007 :: Guarda-freio: Vìtor Matos

Com Sócrates aconteceram duas coisas inéditas na democracia portuguesa. Primeiro, nenhum elemento deste Governo tinha sido tocado pelo escândalo. Nem ministro, nem secretário de Estado, nem sombra de fugazinha à sisa, nem declarações erradas na compra da casa, nem cunhazita para a filha entrar na faculdade... enfim, um conjunto de gente santa. Segundo, o alvo do caso é o primeiro-ministro e isso é uma novidade (o Governo de Santana não conta). Cavaco Silva, que foi obrigado a afastar tanto ministro e secretário de Estado por causa das manhãs de sexta-feira, não está disposto a alimentar polémicas deste tipo. Já se percebeu, pelo que ele disse e pelo que os cavaquistas disseram. A não ser que esteja algo pior para aparecer...

Passear o electrodoméstico

:: Guarda-freio: Vìtor Matos

Às vezes penso como o iPod mudou a minha vida: ando com os meus discos todos no bolso, e, antes desta fabulosa invenção, jamais tinha pensado em pôr uma rodas na minha aparelhagem e trazer o som lá de casa pela trela. Ora ontem percebi como há necessidades novas. Parei na passadeira. E uma mulher atravessou a estrada com um mico-ondas pela trela. Sim, uma corda, a puxar um micro-ondas. Era uma sem abrigo. Agora, quando vir alguém a passear o frigorífico não me vou admirar.

Referendo sim? Referendo não!

12 abril 2007 :: Guarda-freio: Vìtor Matos

Cavaco não anseia pelo referendo europeu. Durão Barroso também não o aconselha, antes pelo contrário - e é uma onda que atravessa muitos países europeus. Há dois argumentos práticos que justificam esta posição: se todos os países forem para referendo o tratado nunca mais é aprovado; quando um Estado assina um tratado internacional é para valer, é palavra de Estado, portanto, não deve ser ratificado por via referendária. A assinatura de um primeiro-ministro ou de um presidente vinculam todo o País.

Logo:
- Portugal alterou a Constituição para poder referendar tratados internacionais, nomeadamente, para referendar o Tratado Constitucional europeu?
- Sim!
- E agora que alterou a Constituição vai fazer o referendo?
- Não!
- Isso não é um bocado incoerente?
- Ssshut!

Mas é mais prático!

A democracia iliberal II

:: Guarda-freio: Vìtor Matos

O problema agora é: para que não restem quaisquer dúvidas. José Sócrates justificou parte das desconfianças sobre a maneira como obteve a sua licenciatura de Engenharia Civil, mas nem tudo ficou claro e aqueles papéis que mostrou na televisão deviam estar, já amanhã, disponíveis no seu site na internet. Pela transparência e em nome da democracia liberal que dizemos ter. Ele tem fama de hábil comunicador, mas geriu mal este processo desde o início: o seu silêncio não foi cabalmente justificado, a correcção do título Engenheiro Civil e o seu uso indevido foi mal explicado, a aceitação do certificado de habilitações com base apenas na palavra do requerente é, no mínimo, duvidosa... Enfim, Sócrates vai continuar a ter de levar com o assunto durante mais uns tempos.

Qual é a relevância do assunto para a governação? Pouco. Mas pode dizer muito sobre a confiança que podemos ter na palavra de quem nos governa.

A democracia iliberal I

:: Guarda-freio: Vìtor Matos

O facto insólito, de jornalistas serem punidos por darem notícias verdadeiras e de inegável interesse público, por um tribunal como o Supremo Tribunal de Justiça, prova como ainda estamos longe de uma democracia liberal. Se o Público é punido pela notícia que deu das dívidas do Sporting ao fisco, corre-se o risco de haver medidas de coacção sobre todos aqueles que ousem publicar verdades menos convenientes, porque atentam contra a honra e o bom nome. Quem preza a honra, que cuide dela. Se isto faz jurisprudência, aqueles senhores juízes correm o risco de deixar de ser elementos de um sistema que se diz democrático.

Bush não leu Sun Tzu

02 abril 2007 :: Guarda-freio: Vìtor Matos

Se a administração Bush, ou os idealistas neocons, percebessem como funciona o mundo real, tinham tomado decisões mais prudentes e sensatas sobre a guerra no Iraque, ou decisões mais avisadas, como já eram as de homens há mais de 2000 anos, segundo os ensinamentos do mestre Sun Tzu, registados em A Arte da Guerra. Frases e comentários:

a) "Se os vossos exércitos foram mantidos no campo durante muito tempo, as vossas reservas nacionais não serão suficientes." - Depois de uma vitória militar em três semanas, a guerra está a ser longa porque o pós-guerra, o mais importante neste conflito, não foi bem planeado. E hoje as "reservas" não são apenas económicas: são também de paciência dos cidadãos, de credibilidade política, etc.

b) "Quando tiverdes perdido (...) o moral às vossas tropas, derramado e exaurido todos os recursos, os governantes vizinhos ganharão vantagem dessas adversidades para vos atacar. E, mesmo com o mais sábio dos conselhos, não conseguireis tornar boas as consequências que daí advirão." - a presente proeminência e força do Irão é fruto de quê? Da fraqueza e do caos do seu vizinho Iraque, e da fragilidade política de Bush e de Blair, que só muito a custo poderão decidir atacar a antiga Pérsia. Onde vai já o sonho de democratizar o Médio Oriente a partir de Bagdade?

c) "Cuidai dos soldados capturados e tratai-os bem. A isto se chama aumentar a nossa própria força enquanto se derrota um exército." - Guatanamo e Abhu Grahib deixaram de rastos a superioridade moral dos guerreiros das democracias. Seria assim tão difícil levar à letra um conceito tão simples de um aspecto que vai da ética ao marketing político?

Sun Tzu e o CDS

:: Guarda-freio: Vìtor Matos

Os livros antigos ensinam-nos verdades que se tornaram lugares comuns da teoria, embora sejam sempre notáveis descobertas quando postas à luz da prática. Isso mostra que a natureza do género humano não mudou ao longos dos séculos.
Ora vejam lá se estas duas frases de Sun Tzu em a Arte da Guerra não são a cara do CDS:

"Se as tropas forem fortes e os oficiais fracos, isso resultará em insubordinação."
"Se os oficiais forem fortes e as tropas fracas, o resultado será a detrioração."