Obama e as emoções
Foto: VM
Em Portugal, há quem tenha a mania de ver emoção na política: Menezes, Santana, Sampaio... Chamam-lhes emocionais.
Mas não são. Lá porque um político chora em público, não quer dizer que as emoções lhe tragam vantagens eleitorais. Ou que os outros se sintam mobilizados para o seguirem.Obama é um político absolutamente racional. Deitou uma lágrima na campanha, quando morreu a avó que o criou. Mas quando fala, da maneira como fala, com os argumentos que usa, emociona os que o ouvem. Obama não é apenas uma máquina de caçar votos. O que os políticos lhe invejam é que ele caça os votos e depois mobiliza as pessoas a agirem.
Quando ele começou a discursar, eu tinha várias pessoas a chorar à minha volta. Um líder que faz as pessoas sentirem coisas, que projecta para os outros uma energia interior, pode ser o motor de uma nação ou uma grande fonte de males, como a história já provou.
Obama não toca no coração, toca nos pontos sensíveis do cérebro humano às emoções.
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