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Cavaco e BPN: com a verdade me enganas

Na entrevista de hoje à RTP Cavaco Silva continuou sem clarificar a sua relação com o BPN. Do meu ponto de vista, neste momento o mais grave pode nem ser a compra das acções a €1 que estavam reservadas a Oliveira e Costa (a não ser que venha a perceber-se que essa venda foi estatutariamente ilegal). Do ponto de vista da avaliação política do candidato, o mais grave é:

a) Cavaco nunca ter dado explicações, contribuindo para a opacidade e para as dúvidas sobre o caso; é um erro político grave, mas é sobretudo um contributo para a falta de transparência em democracia;

b) remeter sempre para um comunicado manhoso, sem informação objectiva (nada diz sobre as acções da SLN), ao melhor estilo de "com a verdade me enganas", para iludir os jornais e a opinião pública;

c) remeter sempre para as declarações no Tribunal Constitucional, que nada explicam nem adiantam à informação avançada pelo Expresso em 2009;

d) sugerir na entrevista à RTP (como se fôssemos parvos), que o BPN comprou as acções da SLN sem lhe dar cavaco. Parece-me inverosímil que um gestor de conta lhe comprasse voluntariamente acções da SLN, uma sociedade fechada que detinha o próprio banco, e nada lhe dizer, sabendo-se a relação próxima que tinha com algumas figuras de proa. Mais um buraco nesta narrativa: é uma grande coincidência o gestor ter comprado os papelinhos de €1 da SLN ao pai, ao mesmo tempo que se lembrou de comprar para a filha. Foi em pacote familiar e sem avisar. Mas foi amigo.

Conclusão: com a informação que temos até ao momento, Cavaco nada fez de ilegal, talvez até tenha sido usado. Mas há leituras políticas que se podem fazer: numa eleição unipessoal coisas destas contam, porque a pessoa é a instituição; um PR não pode ser ingénuo ao ponto de se deixar usar por bandidos (ele já conhecia o perfil do Oliveira e Costa e não o evitou...); fez um mau julgamento, até porque nessa época já muita gente desconfiava do BPN, mas um PR não pode fazer muitos maus julgamentos (embora 140% de lucro não seja um julgamento tão mau...). Só uma estratégia de vitimização ou a arrogância de achar que ninguém lhe pode pedir explicações pode justificar esta atitude. Da maneira como o caso foi gerido, ficará sempre no ar que ele tinha algo a esconder.

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