A violência calculista
Nos dias que correm, uma manifestação legítima e ordeira não chega. Como já nos habituámos a ver quando há grandes cimeiras internacionais, é preciso manipular, criar agitação, provocar a violência policial e, melhor ainda, arranjar mártires. Porque é assim que se conquista a atenção das televisões e se ganha o direito a que actos de pura barbárie sejam vendidos como "ira" e "revolta" genuínas.
Ontem, em Londres, 200 delinquentes, provavelmente espicaçados por peritos em "agitprop", assaltaram uma sede dos "tories". Os próprios organizadores do protesto contra o aumento das propinas universitárias se confessaram envergonhados com o comportamento de uma minoria de participantes num evento até aí pacífico que mobilizou, dizem os jornais, 52 mil pessoas.
A complacência perante a actuação desta gente não é tolerância democrática, é cobardia. E a cobardia é corrosiva para as democracias.
Ontem, em Londres, 200 delinquentes, provavelmente espicaçados por peritos em "agitprop", assaltaram uma sede dos "tories". Os próprios organizadores do protesto contra o aumento das propinas universitárias se confessaram envergonhados com o comportamento de uma minoria de participantes num evento até aí pacífico que mobilizou, dizem os jornais, 52 mil pessoas.
A complacência perante a actuação desta gente não é tolerância democrática, é cobardia. E a cobardia é corrosiva para as democracias.
Etiquetas: cobardia, democracia, Londres, tories, violência