Um mentiroso, mente sempre
Das declarações de Sócrates em reacção à entrevista de Luís Amado, também se podem retirar algumas conclusões.
1. Um mentiroso, mente sempre. José Sócrates alega que tentou fazer coligações. Formalmente, tem razão. Na substância, onde habitualmente o primeiro-ministro cai no alçapão em que se revela a sua reserva mental, limitou-se, após as eleições legislativas de 2009, a fazer convites para coligações sem qualquer vontade de as concretizar. Se não fosse assim, teria escolhido previamente os parceiros a quem propor negociações para um projecto de Governo e não se teria limitado a convidar todos e qualquer um, sem critério, nem seriedade, com o único objectivo de receber sucessivos "nãos" como resposta.
2. Quando afirma que o PS tem que assumir, sozinho, as responsabilidades de fazer face às dificuldades do país, Sócrates persiste em fazer o papel de vítima, provando a quem ainda tivesse dúvidas que a sua prioridade não é encontrar uma solução mas, apenas, a de segurar-se no poder. Não pode deixar de saber que as principais culpas pelo desastre em que o país está são suas mas tem a maioria do PS comprado e isso afigura-se-lhe como fonte de legitimidade suficiente para teimar numa fuga em frente. Não admira que gente que lhe deve os lugares que ocupa actualmente, como Vital Moreira e Ana Gomes, apenas defendam a "remodelação" de Fernando Teixeira dos Santos, quando uma pequena dose de honestidade intelectual bastaria para sacudirem a sua pusilanimidade e reivindicarem, também, a "remodelação" do primeiro-ministro. Sócrates rodeou-se de dependentes e não só o sabe bem, como também lhe sabe bem.
1. Um mentiroso, mente sempre. José Sócrates alega que tentou fazer coligações. Formalmente, tem razão. Na substância, onde habitualmente o primeiro-ministro cai no alçapão em que se revela a sua reserva mental, limitou-se, após as eleições legislativas de 2009, a fazer convites para coligações sem qualquer vontade de as concretizar. Se não fosse assim, teria escolhido previamente os parceiros a quem propor negociações para um projecto de Governo e não se teria limitado a convidar todos e qualquer um, sem critério, nem seriedade, com o único objectivo de receber sucessivos "nãos" como resposta.
2. Quando afirma que o PS tem que assumir, sozinho, as responsabilidades de fazer face às dificuldades do país, Sócrates persiste em fazer o papel de vítima, provando a quem ainda tivesse dúvidas que a sua prioridade não é encontrar uma solução mas, apenas, a de segurar-se no poder. Não pode deixar de saber que as principais culpas pelo desastre em que o país está são suas mas tem a maioria do PS comprado e isso afigura-se-lhe como fonte de legitimidade suficiente para teimar numa fuga em frente. Não admira que gente que lhe deve os lugares que ocupa actualmente, como Vital Moreira e Ana Gomes, apenas defendam a "remodelação" de Fernando Teixeira dos Santos, quando uma pequena dose de honestidade intelectual bastaria para sacudirem a sua pusilanimidade e reivindicarem, também, a "remodelação" do primeiro-ministro. Sócrates rodeou-se de dependentes e não só o sabe bem, como também lhe sabe bem.
Etiquetas: Ana Gomes, crise, governo, José Sócrates, Luís Amado, Vital Moreira