Toda a gente sabia mas ninguém fez nada
A história da clínica em Lagoa, no Algarve, que actuava sem licença há sete anos e que se tornou conhecida do país por causa de quatro doentes que vão ficar cegos, é reveladora da negligência de quem tem a responsabilidade de autorizar e fiscalizar, em nome da protecção dos cidadãos.
O estabelecimento em causa estava longe de ser clandestino. Não só tinha "porta aberta para a rua", como fazia publicidade às suas cirurgias. Era conhecido dos médicos locais, que comentavam os preços das intervenções, e das autoridades do sector da saúde. Embora já tenham reconhecido o facto, tentam agora proteger-se ao alegar terem partido do pressuposto que a clínica ainda não tinha iniciado a prática de cirurgias, desculpa muito mal amanhada para explicar a inoperância da Administração Regional de Saúde do Algarve.
A circunstância de a clínica ter mudado de nome três vezes desde 2003 também não suscitou suspeitas. Pelo contrário, é agora usada como justificação para ajudar a explicar "dificuldades" no processo de legalização. É tudo muito mau e muito sintomático de como o Estado sai caro e ainda se dá ao luxo de ser incompetente.
O estabelecimento em causa estava longe de ser clandestino. Não só tinha "porta aberta para a rua", como fazia publicidade às suas cirurgias. Era conhecido dos médicos locais, que comentavam os preços das intervenções, e das autoridades do sector da saúde. Embora já tenham reconhecido o facto, tentam agora proteger-se ao alegar terem partido do pressuposto que a clínica ainda não tinha iniciado a prática de cirurgias, desculpa muito mal amanhada para explicar a inoperância da Administração Regional de Saúde do Algarve.
A circunstância de a clínica ter mudado de nome três vezes desde 2003 também não suscitou suspeitas. Pelo contrário, é agora usada como justificação para ajudar a explicar "dificuldades" no processo de legalização. É tudo muito mau e muito sintomático de como o Estado sai caro e ainda se dá ao luxo de ser incompetente.
Etiquetas: clínica de Lagoa, incompetência, saúde