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Agamémnon e Sócrates

A vida tem destas coisas. Por uma grande coincidência (nós nunca falámos do assunto), a crónica abaixo publicada pelo Bruno no i, acabou por inviabilizar a minha ideia para a Sábado desta semana: contar a história da crise através da mitologia grega. Seria mais ou menos este um pedaço de texto que tinha reservado para José Sócrates:

Agamémnon, rei de Argos, chefiou a expedição punitiva dos gregos contra Tróia, mas antes de partir para a guerra vangloriou-se de ter morto uma corça com tão grande habilidade, que nem a deusa Ártemis poderia igualá-lo. José Sócrates, antes de partir para as eleições legislativas, também se vangloriou de que estava para nascer um primeiro-ministro que com um défice tão baixo quanto o dele. Artémis puniu a presunção ímpia de Agamnénon, ao proibir os ventos de empurrarem a esquadra do rei grego. Sócrates recebeu a punição da crise internacional e dos ventos que deixaram de empurrar a economia. Agamémnon ouviu então o adivinho Calcas, que disse que só o sacrifício de Ifigénia, a sua mais bela filha, poderia apaziguar a cólera da deusa. Sócrates ouviu os áugures da economia dizerem que só sacrificando as suas belas e grandiosas obras públicas poderia aplacar os deuses dos mercados. No momento em que se preparava para decepar a sua filha, Agamémnon acabou por ser poupado a esse sofrimento e no último segundo Ifigénia foi substituída no altar por uma corça. Assim fez Sócrates: mesmo depois de Teixeira dos Santos dar o sinal de que as grandes obras públicas eram para ser reavaliadas (o TGV, a terceira travessia e o aeroporto), o PM sacrificou apenas meia autoestradazita no interior, não mais do que um pequeno gamo. Pela frente, Agamémnon tinha o longo cerco a Tróia. Já Sócrates nesta história não cerca ninguém: é ele que está cada vez mais sitiado.

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