Muito bem, Amado
A entrevista de Luís Amado publicada na edição de hoje do "Expresso" permite tirar algumas conclusões.
1. O isolamento de José Sócrates é crescente, mesmo no interior do Governo, onde a táctica de crispação e confronto começa a apenas ter apoios junto do "petit comité" de "yes men" que rodeia o primeiro-ministro.
2. Em fase de acelerada degradação da credibilidade do Governo e do seu líder, é um ministro que mantém intacta uma imagem de seriedade e fiabilidade - o único que resta nestas condições - que vem a público assumir que o actual Governo não é solução para os tempos difíceis que se vivem e aqueles que ainda se seguirão. Isto significa que, entre aqueles que do lado do PS podem fazer parte de uma solução, existe a convicção de que o Governo tal como está faz parte do problema.
3. A lucidez de alguém que pensa pela sua própria cabeça, em contraste com o silêncio comprometido das hostes socialistas com a deterioração política e económica do país, revela como tudo poderia ser diferente, para melhor, se o perfil de quem lidera o Governo fosse o de um estadista e não o de um tacticista que coloca a manutenção do poder à frente de tudo o mais. Depois de se ler a entrevista, não ficam quaisquer dúvidas de que se Luís Amado fosse primeiro-ministro, há muito que PS, PSD e, porventura, CDS já teriam encontrado uma plataforma de entendimento para viabilizar uma solução de Governo credível que enfrentasse a grave situação actual.
1. O isolamento de José Sócrates é crescente, mesmo no interior do Governo, onde a táctica de crispação e confronto começa a apenas ter apoios junto do "petit comité" de "yes men" que rodeia o primeiro-ministro.
2. Em fase de acelerada degradação da credibilidade do Governo e do seu líder, é um ministro que mantém intacta uma imagem de seriedade e fiabilidade - o único que resta nestas condições - que vem a público assumir que o actual Governo não é solução para os tempos difíceis que se vivem e aqueles que ainda se seguirão. Isto significa que, entre aqueles que do lado do PS podem fazer parte de uma solução, existe a convicção de que o Governo tal como está faz parte do problema.
3. A lucidez de alguém que pensa pela sua própria cabeça, em contraste com o silêncio comprometido das hostes socialistas com a deterioração política e económica do país, revela como tudo poderia ser diferente, para melhor, se o perfil de quem lidera o Governo fosse o de um estadista e não o de um tacticista que coloca a manutenção do poder à frente de tudo o mais. Depois de se ler a entrevista, não ficam quaisquer dúvidas de que se Luís Amado fosse primeiro-ministro, há muito que PS, PSD e, porventura, CDS já teriam encontrado uma plataforma de entendimento para viabilizar uma solução de Governo credível que enfrentasse a grave situação actual.
Etiquetas: crise, governo, Luís Amado