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Freakpolitics - o que diz o lado improvável dos políticos (11)

O segredo da amígdala de Sócrates
O optimismo do primeiro-ministro reside no centro do cérebro, diz um estudo. Mas o córtex cingulado pode levá-lo para fora da realidade

Não é preciso examinar a massa cinzenta do primeiro-ministro para perceber que José Sócrates tem uma amígdala que dispensa livros de auto-ajuda e um córtex anterior cingulado com vocação para achar este o melhor dos mundos possíveis.

A fonte do seu “optimismo inveterado” – como o Financial Times descreveu Sócrates –, brota do centro do cérebro. Uma equipa da Universidade de Nova Iorque descobriu em 2007, através de imagens da actividade cerebral de 15 pessoas, que o segredo do primeiro-ministro reside uns centímetros atrás dos olhos, no córtex cingulado anterior e na amígdala. Autópsias a indivíduos com depressões também verificaram que estes tinham menos células nestas zonas.

Só uma enorme amígdala tem autoridade para dizer “sinto-me sozinho a puxar pelas energias do País” – em oposição a Cavaco Silva, por exemplo – ou que o “negativismo e o catastrofismo” nunca terão sucesso.
Elizabeth Phelps, uma das cientistas que elaborou o estudo, diz que “quem for pessimista em relação ao futuro não terá motivação para ser muito activo”. Portanto, esta configuração cerebral dá imenso jeito a um político num cargo executivo. A “alegria determinada” de Sócrates conjugada com o perfil de “animal feroz” (uma amígdala estimulada também gera agressividade) dá-lhe uma capacidade de resistência ilimitada e incentiva-lhe a proactividade .

Em circunstâncias normais, seria o ideal. Mas a amígdala também controla emoções como o medo e a de Sócrates devia dizer-lhe para estar mais assustado com as ameaças, senão corre o risco inverso dos deprimidos que a nada reagem. Pode estar a tornar-se numa espécie de optimista fora da realidade como Pangloss, o filósofo do romance de Voltaire Cândido ou o Optimismo, para quem este era “o melhor dos mundos possíveis”, mesmo quando sobre ele se abatiam as mais terríveis desgraças. Enquanto o País se afunda, o primeiro-ministro desencanta indicadores maravilhosos. A depressão e o medo podem impedir-nos de agir, mas o optimismo em excesso pode tornar-nos imprudentes.

Crónica publicada no site da SÁBADO.

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