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A penitência de Cavaco

Para os católicos conservadores, Cavaco não chega. Ele é católico. Ele é conservador em matéria de costumes. Mas é insuficiente. Cem mulheres preferem Bagão Félix no Palácio de Belém. Santana Lopes também quer Bagão Félix, embora as suas razões contra Cavaco sejam menos católicas. Não deixa de ser uma grande injustiça contra Cavaco: ele vai à missa todos os domingos aos Salesianos de Campo de Ourique; ele foi sempre contra mexidas na lei do aborto; ele foi sempre contra a nova lei do divórcio; ele foi sempre contra esta fórmula dos casamentos gay; ele sempre abominou a todas as agendas fracturantes. Com uma fragilidade: foi sempre mais vago do que veemente nas suas tomadas de posição nestas matérias, mesmo antes de ser PR.

Mas pecou: promulgou o aborto depois do referendo, o fim do divórcio litigioso, os casamentos gay. Os católicos que suspiram por um candidato oficial da Igreja nem sabem o mal que estão a fazer à sua própria causa. Vivemos numa democracia com regras e o lado contrário tem ganho. Paciência. Em democracia toda a gente tem direito à opinião, e mesmo num Estado laico a Igreja tem o direito de dizer o que pensa, sejam cardeais sejam leigos. Acontece que o PR não tem culpa de estas medidas terem sido aprovadas na vigência do seu mandato. É verdade que por uma questão de coerência consigo próprio, Cavaco devia ter vetado a lei dos casamentos homo. O discurso do não-veto-porque-não-vale-a-pena-que-nada-mudaria é uma declaração de impotência dos poderes presidencias. O problema é político. O veto valeria como uma tomada de posição política que agradaria a uma boa parte do eleitorado de Cavaco. Mas se olharmos para o assunto de forma utilitária, Cavaco é capaz de ter razão: o resultado seria o mesmo. Agora, a sua penitência é ter os ultra-conservadores a rezar por um candidato-conservador-oficial. Não deixa de ser irónico.

Ler este post do Francisco José Viegas.

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