Freakpolitics - o que diz o lado improvável dos políticos (1)
O jogador de xadrez contra o maratonista
José Sócrates corre maratonas nos tempos livres. Pedro Passos Coelho joga xadrez. Os maratonistas inventam vozes que a meio da corrida os ajudam a aguentar o sofrimento. O site marathontraining.com aconselha os atletas a pensar: “Eu não estou cansado fisicamente; estou mais cansado mentalmente”. Nos xadrezistas, funciona ao contrário. O jogador de xadrez usa o jogo para “extravasar artificialmente a sua energia mental”, escreveu H.G Wells no livro Concerning Chess.
Nas maratonas políticas, José Sócrates diz a si mesmo perante as suas terríveis dores musculares para aguentar e aguentar. Assim tem feito com todos os escândalos e dificuldades governativas, persistindo no esforço com a resistência sobre-humana dos corredores de fundo.
Passos Coelho, xadrezista cerebral perante um maratonista em sofrimento, dispõe pacientemente as suas peças à espera que o cansaço mental do adversário o faça capitular. Se Passos for como Karl Menninger, um psicólogo da escola freudiana que diz que o xadrez lhe permite extravasar a “agressividade e os instintos destrutivos”, deixará para o tabuleiro da política a frieza da análise – com Sócrates a ferver devagar na crise e em lume brando.
Antes da corrida, o marathontraining.com aconselha os atletas a criarem um processo mental de visualização de imagens sobre o que desejam que aconteça nos 42 quilómetros seguintes. Se José Sócrates não cria imagens mentais no atletismo, pratica-as na política. Se a corrida lhe corre mal, porém, o imaginário que criou sobrepõe-se de tal forma à realidade que só uma dor muito aguda o leva a reajustar a passada ao mundo real. Sócrates será como aqueles maratonistas que crêem nas imagens mentais que eles próprios inventam para aguentar o esforço.
A descrição do psicólogo Alfred Adler também encaixa no perfil de Passos Coelho: “O xadrez é um jogo de treino na orientação para a resolução de problemas, não só na estratégia e na táctica, mas em aprender a usar as peças como uma equipa cooperativa”. Hoje, é evidente que Sócrates dificilmente terminará a maratona deste mandato. Passos Coelho prepara um xeque-mate a prazo, com o risco de ainda lhe faltarem muitas jogadas.
José Sócrates corre maratonas nos tempos livres. Pedro Passos Coelho joga xadrez. Os maratonistas inventam vozes que a meio da corrida os ajudam a aguentar o sofrimento. O site marathontraining.com aconselha os atletas a pensar: “Eu não estou cansado fisicamente; estou mais cansado mentalmente”. Nos xadrezistas, funciona ao contrário. O jogador de xadrez usa o jogo para “extravasar artificialmente a sua energia mental”, escreveu H.G Wells no livro Concerning Chess.
Nas maratonas políticas, José Sócrates diz a si mesmo perante as suas terríveis dores musculares para aguentar e aguentar. Assim tem feito com todos os escândalos e dificuldades governativas, persistindo no esforço com a resistência sobre-humana dos corredores de fundo.
Passos Coelho, xadrezista cerebral perante um maratonista em sofrimento, dispõe pacientemente as suas peças à espera que o cansaço mental do adversário o faça capitular. Se Passos for como Karl Menninger, um psicólogo da escola freudiana que diz que o xadrez lhe permite extravasar a “agressividade e os instintos destrutivos”, deixará para o tabuleiro da política a frieza da análise – com Sócrates a ferver devagar na crise e em lume brando.
Antes da corrida, o marathontraining.com aconselha os atletas a criarem um processo mental de visualização de imagens sobre o que desejam que aconteça nos 42 quilómetros seguintes. Se José Sócrates não cria imagens mentais no atletismo, pratica-as na política. Se a corrida lhe corre mal, porém, o imaginário que criou sobrepõe-se de tal forma à realidade que só uma dor muito aguda o leva a reajustar a passada ao mundo real. Sócrates será como aqueles maratonistas que crêem nas imagens mentais que eles próprios inventam para aguentar o esforço.
A descrição do psicólogo Alfred Adler também encaixa no perfil de Passos Coelho: “O xadrez é um jogo de treino na orientação para a resolução de problemas, não só na estratégia e na táctica, mas em aprender a usar as peças como uma equipa cooperativa”. Hoje, é evidente que Sócrates dificilmente terminará a maratona deste mandato. Passos Coelho prepara um xeque-mate a prazo, com o risco de ainda lhe faltarem muitas jogadas.
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