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A delicada ecologia das ilusões sobre o desemprego

Compreende-se que a maioria das pessoas culpem as políticas públicas pelo desemprego recorde de 10,2% e exijam "soluções" ao governo e aos partidos – compreende-se isto num país em que a) o governo assume uma meta quantificável de criação de empregos (os tais 150 mil) e b) todos os governos se gabam da descida do desemprego (quando tal acontecia).

No entanto, será sempre bom lembrar o alcance limitado do governo – nunca as políticas públicas poderão resolver o problema do desemprego estrutural em Portugal (que já vai em 7%). Quando muito podem proteger os desempregados com subsídios ou conter a subida do desemprego com investimentos públicos – o que já não é pouco. Mas a descida real do desemprego faz-se com a recuperação dos nossos principais parceiros comerciais, com uma indústria competitiva e exportadora, com capitalistas corajosos e bem preparados para arriscar, com uma sociedade que volte a pôr o trabalho (e não só os "apoios") no centro dos seus valores.

O governo pode apenas ajudar – eliminando o desperdício na despesa pública, acabando com mama das empresas do regime, promovendo uma concorrência real em Portugal, dando exigência e disciplina às escolas, agindo na justiça, etc. etc. Ah, e gerindo muito melhor as expectativas dos portugueses sobre a economia. Um governo português que fizesse uma boa parte disto (ou desse início ao processo, que é de longo prazo) seria um óptimo governo – e teria autoridade moral para cobrar aos privados o resto da factura. Tudo o resto mora na demagogia dos políticos e na ilusão dos eleitores.

Adenda: É por isto que um Pacto para o Emprego entre governo e partidos da oposição seria no essencial apenas uma boa oportunidade para fotografias e apertos de mão.

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