Tempos de incerteza agravada
Já vivemos tempos de incerteza política. Mas se, porventura, como noticia o Público, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça decidir que há matéria para investigar o conteúdo das conversas escutadas entre Armando Vara e José Sócrates? Então tudo se agrava. Se o primeiro-ministro for investigado por actos praticados em funções deve ficar ou deve sair? Devemos aprender a lição. Em Portugal passa-se tudo muito depressa e há sempre uma surpresa ao virar da esquina: o tempo político avança a um ritmo diferente do tempo universal.
Mas isto ainda leva a uma segunda questão: de facto, pode não haver motivo para qualquer inquérito judicial ao PM. As conversas escutadas podem ter apenas relevância política e nada mais. Agora, tendo as escutas apenas relevância política, e sendo só autorizadas para o foro judicial, devem ou não ser tornadas públicas e ganhar relevância para que os cidadãos possam fazer o seu juízo político sobre a questão? Vem aí mais um imbróglio e mais uma grande discussão para animar os debates dos comentadores nos nossos serões.
Mas isto ainda leva a uma segunda questão: de facto, pode não haver motivo para qualquer inquérito judicial ao PM. As conversas escutadas podem ter apenas relevância política e nada mais. Agora, tendo as escutas apenas relevância política, e sendo só autorizadas para o foro judicial, devem ou não ser tornadas públicas e ganhar relevância para que os cidadãos possam fazer o seu juízo político sobre a questão? Vem aí mais um imbróglio e mais uma grande discussão para animar os debates dos comentadores nos nossos serões.