Os acusados bons e os acusados maus de MFL
Vamos acompanhar o raciocínio de Manuela Ferreira Leite, esta tarde, numa conferência de imprensa: o deputado António Preto ainda não foi julgado, é presumido inocente e não cometeu qualquer crime no exercício das suas funções públicas que justifique a saída das listas do PSD; mas logo a seguir, suprema perspicácia, MFL lembra e ataca o PS com o caso Eurojust, à espera que isso não tenha efeito boomerang.
E diz: "Já nos esquecemos que não temos resposta para a questão do Eurojust? Como está essa questão? Como está o facto de termos uma pessoa que está a representar mal Portugal, que está a humilhar as instituições internacionais, que está acusada de uma forma grave de manipular o sistema de Justiça?"
MFL tem toda a razão no caso Eurojust. É um escândalo.
O problema é que, quanto mais razão tem MFL no Eurojust, mais a perde a razão no caso Preto.
Se o magistrado Lopes da Mota está, palavras de MFL, "acusado de uma forma grave de manipular o sistema de Justiça", o deputado Preto não manipulou pouco quando apareceu de braço engessado no dia em que ia fazer uma perícia legal para se reconhecer uma assinatura. Acontece que Lopes da Mota também está acusado e até o processo disciplinar estar concluído é presumido inocente e tem sido esse o argumento de Sócrates - a quem agora por inabilidade MFL vem dar razão.
Fica a parecer: os nossos acusados são bons; os acusados dos outros são maus. Mas isto não é evidente?
E diz: "Já nos esquecemos que não temos resposta para a questão do Eurojust? Como está essa questão? Como está o facto de termos uma pessoa que está a representar mal Portugal, que está a humilhar as instituições internacionais, que está acusada de uma forma grave de manipular o sistema de Justiça?"
MFL tem toda a razão no caso Eurojust. É um escândalo.
O problema é que, quanto mais razão tem MFL no Eurojust, mais a perde a razão no caso Preto.
Se o magistrado Lopes da Mota está, palavras de MFL, "acusado de uma forma grave de manipular o sistema de Justiça", o deputado Preto não manipulou pouco quando apareceu de braço engessado no dia em que ia fazer uma perícia legal para se reconhecer uma assinatura. Acontece que Lopes da Mota também está acusado e até o processo disciplinar estar concluído é presumido inocente e tem sido esse o argumento de Sócrates - a quem agora por inabilidade MFL vem dar razão.
Fica a parecer: os nossos acusados são bons; os acusados dos outros são maus. Mas isto não é evidente?
Etiquetas: pinoquices, verdades