Mistérios da vida moderna
E se aquilo me pesasse na consciência? Ontem fui ao terminal 2 do aeroporto de Lisboa levar a família, que foi viajar. Junto à fila para o check-in, lá estava uma mala branca, no meio do átrio, aparentemente de ninguém. Fomos almoçar. Da mesa do snack, no primeiro andar, pude ver durante meia hora a mala esquecida no meio da praça do terminal e nada. Desci. Passou mais algum tempo e nada. A família, entretanto, embarcou. Ainda passei a porta para a rua, para me ir embora. Voltei. Aquilo certamente não era nada. Mas se fosse alguma coisa? Não era capaz de viver com isso. Não é obsessão. São os dias que vivemos. Aproximei-me de um balcão da TAP e avisei o senhor. Ficou muito espantado. Não será de ninguém da fila? Não, aquilo está ali há pelo menos uma hora. Noutros países, a sala seria evacuada imediatamente e a mala dinamitada. Não sei o que aconteceu depois. Mas espero que esta notícia de que dois presos de Guantánamo vêm mesmo para Portugal signifique que o País tem condições de segurança para lidar com um aumento do risco. Não foi a ideia com que fiquei com o amadorismo que vi ontem no aeroporto.
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