Numa era de novos piratas, estes têm o seu papel
Piratas ao largo da Somália, piratas na internet, piratas que tentam entrar na rede eléctrica norte-americana, Piratas das Caraíbas, piratas piratas piratas.
Hoje, na Suécia, uma destas classes de piratas, os da net, sofreu um tiro no casco - os fundadores do Pirate Bay foram condenados a um ano de cadeia.
Percebo o princípio básico de que é necessário pagar pelos conteúdos (que palavra, esta) consumidos: filmes, música, livros, notícias, etc. Está ali trabalho que é preciso remunerar, investimento e esforço, património e serviço público. Mas, concordo em boa parte com o que escreve o Luís Afonso: perante a inovação tecnológica tão grande dos últimos anos, que dá acesso fácil e gratuito aos 'conteúdos', estas indústrias da propriedade intelectual terão que mudar.
E é aqui que a pirataria - eticamente condenável, sim - desempenha o seu papel. É no jogo de forças entre as editoras/estúdios/músicos/etc. e os piratas (que são consumidores, é bom lembrar) que nasce a evolução no mercado que poderá beneficiar toda a gente. É sempre assim: primeiro há a inovação tecnológica; quem está instalado no mercado resiste; há a pressão de quem compra; quem vende tem de mudar; o mercado fica diferente.
Na música isto é claro: os músicos terão de fazer mais concertos, lançar packs especiais para o mercado e vender música mais barata (se calhar, terão de livrar-se da editora ou, pelo menos, de renegociar). Vão ter de fazer pela vida. Para mim, consumidor de música, isto são boas notícias.
Hoje, na Suécia, uma destas classes de piratas, os da net, sofreu um tiro no casco - os fundadores do Pirate Bay foram condenados a um ano de cadeia.
Percebo o princípio básico de que é necessário pagar pelos conteúdos (que palavra, esta) consumidos: filmes, música, livros, notícias, etc. Está ali trabalho que é preciso remunerar, investimento e esforço, património e serviço público. Mas, concordo em boa parte com o que escreve o Luís Afonso: perante a inovação tecnológica tão grande dos últimos anos, que dá acesso fácil e gratuito aos 'conteúdos', estas indústrias da propriedade intelectual terão que mudar.
E é aqui que a pirataria - eticamente condenável, sim - desempenha o seu papel. É no jogo de forças entre as editoras/estúdios/músicos/etc. e os piratas (que são consumidores, é bom lembrar) que nasce a evolução no mercado que poderá beneficiar toda a gente. É sempre assim: primeiro há a inovação tecnológica; quem está instalado no mercado resiste; há a pressão de quem compra; quem vende tem de mudar; o mercado fica diferente.
Na música isto é claro: os músicos terão de fazer mais concertos, lançar packs especiais para o mercado e vender música mais barata (se calhar, terão de livrar-se da editora ou, pelo menos, de renegociar). Vão ter de fazer pela vida. Para mim, consumidor de música, isto são boas notícias.
17/4/09 15:30
Do meu ponto de vista, a decisão judicial em causa faz todo o sentido. Uma mudança tecnológica não pode ser argumento para legitimar o roubo e determinar que o trabalho, neste caso de músicos, compositores, produtores e por aí fora, deve deixar de ser remunerado. Gostava de saber o que diriam os defensores dos "downloads" ilegais se alguém um dia destes lhes comunicasse que, por causa de um qualquer choque tecnológico, teriam que passar a trabalhar de graça.
17/4/09 15:59
Aqui fica uma sugestão para os apreciadores de música. Dêem uma vista de olhos pelo Spotify.com. Não permite "downloads", mas oferece a possibilidade de o utilizador escutar aquilo que quiser como se se tratasse de uma estação de rádio personalizada. Podem ouvir-se álbuns inteiros, discografias inteiras ou fazer "playlists" com as faixas preferidas. Tem dois géneros de soluções para os utilizadores. A gratuita, que obriga a, de vez em quando, ouvir um "spot" publicitário antes do início de um tema. Outra, em que é cobrada uma assinatura, julgo que mensal. Neste caso, o utilizador não terá que escutar a publicidade. É um modelo de negócio que respeita o direito dos músicos e compositores a serem remunerados pelo seu trabalho e não a mera roubalheira, "legitimada" pelas facilidades fornecidas pelos avanços tecnológicos.