Muito barulho por nada
O início do debate sobre o Orçamento do Estado para 2011 é mais um sinal claro de que esta legislatura não vai chegar ao fim. O primeiro-ministro cola o PSD ao Orçamento, fala de cálculo eleitoral e recupera a proposta laranja de revisão constitucional e o discurso do Estado Social. O PSD avisa que não vai haver terceira oportunidade e diz que só viabilizou pelo interesse nacional. Só uma hora depois do início do debate é que alguém - Paulo Portas - perguntou algo concreto sobre o Orçamento (sobre o TGV: uma pergunta a que Sócrates não respondeu). Até às 11:20 houve muita gritaria, mas ninguém perguntou onde vai o governo buscar os 500 milhões de receita que perdeu no acordo. A crise política não foi adiada - ela existe. Haverá eleições até ao início de 2012.