A irrelevância dos sindicatos
O delírio da CGTP e da UGT sobre o número de grevistas desta semana - os inacreditáveis 3 milhões - é revelador do estado de negação da realidade do movimento sindical em Portugal. As reivindicações feitas a um Estado a escassas semanas de admitir falência completam o retrato de negação, que arrisca atirar as centrais sindicais para a total irrelevância. O problema é que os sindicatos são de facto precisos. A sua ineficácia prejudica sobretudo as pessoas que dizem representar.
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11/12/10 01:06
"As reivindicações feitas a um Estado a escassas semanas de admitir falência completam o retrato de negação".
Caríssimo,
Passei por aqui e deparei-me com esta frase. Podia, ou não, concordar. Optei, e bem, por não fazê-lo. Desculpe-me por isso. Ou melhor, por ir contra o pensamento dominante, o que não será bem a mesma coisa.
Não concordo, em primeiro lugar, porque a sociedade não se resume ao registo contabilístico que o senhor defende. Argumentário, aliás, que conduziu à "morte do político" nas democracias ocidentais. Democracias (conduzidas e pensadas nos media por burocratas dos números) que, como o senhor quer fazer esquecer, estão doentes no esplendor da sua própria entropia. É que sem conflito não há política. E sem política não há democracia.
Cumprimentos
Filipe Pacheco