Era bom, não era?
Era. Mas, como lembrou o ministro Amado, José Sócrates ganhou as eleições em 2009 - e José Sócrates é incoligável. É só nesta medida que as considerações de Amado representam uma crítica interna ao chefe do governo. E ou o Ministro dos Negócios Estrangeiros está a sugerir uma remodelação governamental que comece pelo Primeiro-ministro - com vista, depois, a esse tal governo-de-salvação-nacional - ou então esta conversa é mais do mesmo, ou seja, "sim-nós-cometemos-erros-mas-isto-não-é-só-uma-questão-nossa-é-do-euro-e-o-PSD-que-até-está-à-frente-nas-sondagens-devia-era-dar-nos-a-mão-e-cair-connosco". Talvez haja uma hábil mistura das duas hipóteses. Mas, exercendo o saudável direito ao cepticismo, inclino-me mais para a segunda.