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elevador da bica

Alô?! Senhores do TPI?!

No seu livro de memórias, que vai ser publicado na próxima semana, George W. Bush conta a sua versão dos oito anos que passou na Casa Branca (2001-2009). O "Decision Points" não é apenas um livro de memórias; pretende ser um exercício de justificação das principais e mais polémicas decisões que tomou. Promete, assim, ser um best seller.
Devia ser lido por analistas, políticos, académicos, jornalistas, etc. Mas também pelos Procuradores do Tribunal Penal Internacional, tendo em conta as revelações e confissões assumidas na primeira pessoa.

A pré-publicação do livro, feita pelo New York Times, revela dados espantosos.
Bush admite ter cometido muitos erros e um falhanço total em detectar armas de destruição maciça no Iraque. Diz mesmo que ainda hoje fica com o "estômago às voltas" por não ter encontrado essas armas de destruição maciça. "Ninguém ficou mais chocado que eu, quando não encontrámos essas armas. Sentia-me doente cada vez que pensava nisso. E ainda sinto. Ainda hoje fico com o estômago às voltas".

A sequência de factos revelados acerca da invasão do Iraque é surpreendente: "Senti-me como um capitão de um barco a afundar-se", revela Bush, que confessa que se referia ao seu braço direito Dick Cheeney como sendo o "Darth Vader da Administração".

No livro, Bush assume ainda que autorizou a CIA a aplicar o método de tortura do "afogamento" em suspeitos de actos de terrorismo ligados ao 11 de Setembro.

Era mesmo muito bom que os senhores do TPI lessem bem estas confissões. Já vi gente ser julgada por muito menos.

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“Alô?! Senhores do TPI?!”

  1. Anonymous JoaoJanes disse:

    Como se chama Bush, nunca será julgado por crime algum. Se o apelido termisasse em "Ic", iríamos assistir a interminaveis sessões de julgamentos. E os aliados não confessam nada?