Quem se abstém, uma… Quem se abstém, duas… Quem se abstém, três… (martelada) Vendido ao Senhor Primeiro-Ministro!
Quando faltam pouco mais de quinze dias para a votação na generalidade do Orçamento de Estado para 2011, são já certos os sentidos de voto de todos os partidos políticos. Excepção feita ao PSD que praticamente só está à espera dos resultados dos estudos de mercado encomendados pelo próprio partido para saber, junto dos eleitores, qual o mal menor: se chumbar o OE ou acabar por optar pela (mais provável) abstenção.
Cavaco Silva está farto de dizer o que quer que Pedro Passos Coelho faça. Mas o problema é que Passos faz com Cavaco o que um filho rebelde faz com o padrasto: quanto mais este diz “é branco”, mais aquele diz “é preto”. Se Cavaco dissesse que o OE 2010 devia ser chumbado, PPC faria faria o contrário.
Na cabeça de Passos, filho rebelde da geração Cavaquista, ser do contra “é cool”. Mais ainda porque, além de ouvir Cavaco, tem de ouvir também as opiniões das vizinhas amigas do padrasto, dos avós da outra família, das “tias-avós” que vão lanchar lá a casa. “Sê homenzinho”, “Pedro, porta-te bem”, “vê lá o que fazes, rapazolas”. Frases que martelam a cabeça do jovem rebelde e lhe dão fermento para continuar a dizer que quer ser do contra. Quer ser. Mas no dia da votação, terá Passos coragem para passar das palavras aos actos?
Curioso seria também acompanhar a votação de Manuel Alegre no dia 29. O Bloco de Esquerda votará contra o OE; o PS votará a favor. E Alegre? O que faria? Ausentar-se-ia da sala? Metia baixa? Tinha que ir à caça nesse dia sem falta? O jeito que dá já não ser deputado…
Cavaco Silva está farto de dizer o que quer que Pedro Passos Coelho faça. Mas o problema é que Passos faz com Cavaco o que um filho rebelde faz com o padrasto: quanto mais este diz “é branco”, mais aquele diz “é preto”. Se Cavaco dissesse que o OE 2010 devia ser chumbado, PPC faria faria o contrário.
Na cabeça de Passos, filho rebelde da geração Cavaquista, ser do contra “é cool”. Mais ainda porque, além de ouvir Cavaco, tem de ouvir também as opiniões das vizinhas amigas do padrasto, dos avós da outra família, das “tias-avós” que vão lanchar lá a casa. “Sê homenzinho”, “Pedro, porta-te bem”, “vê lá o que fazes, rapazolas”. Frases que martelam a cabeça do jovem rebelde e lhe dão fermento para continuar a dizer que quer ser do contra. Quer ser. Mas no dia da votação, terá Passos coragem para passar das palavras aos actos?
Curioso seria também acompanhar a votação de Manuel Alegre no dia 29. O Bloco de Esquerda votará contra o OE; o PS votará a favor. E Alegre? O que faria? Ausentar-se-ia da sala? Metia baixa? Tinha que ir à caça nesse dia sem falta? O jeito que dá já não ser deputado…