Orçamento: Um gravador para as negociações
Nesta época (1976) era difícil metê-los no bolso. Franciso Pinto Balsemão e Marcelo Rebelo de Sousa entrevistavam aqui para o Expresso o candidato presidencial Ramalho Eanes. A grande ironia desta foto é que, seis anos depois, os dois homens seriam Presidente e primeiro-ministro e passariam a conversar na presença de gravadores para depois não haver versões diferentes das conversas, diz-que-disse e tal...
Avancemos agora 34 anos na história: Pedro Passos Coelho disse que não voltava a falar com José Sócrates sem ser na presença de testemunhas. Portanto, recomendamos a Eduardo Catroga e a Teixeira dos Santos que se façam acompanhar do devido gravador para registarem para sempre as conversas durante as negociações do Orçamento de Estado: a posteridade agradecerá e assim para o ano quando descobrirem o fracasso da execução orçamental, evitaremos o triste espectáculo de os senhores se andarem a acusar de mentirosos.
Se eles dantes se davam ao trabalho com tijolos para cassetes de fita magnética, agora com os modelos pequeninos daqueles que o deputado Ricardo Rodrigues "tomou posse" é muito mais fácil.
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