Escutado no CCB
Não eram muitos os apreciadores de Juana Molina que se deslocaram, no domingo passado, à praça do museu, no Centro Cultural de Belém, para assistirem ao concerto de "folktrónica" da cantora argentina. Mas os que lá foram, e sem pagar bilhete porque o espectáculo era gratuito, assistiram a uma excelente "performance".
Sozinha em palco, Juana Molina tocou e cantou durante uma hora e meia, apenas apoiada por alguma (pouca) parafernália electrónica e uma simples guitarra acústica. O que fez foi aquilo que se esperava: foi criando "loops" a partir da sua própria voz, da viola e do teclado e, sobre esse fundo, foi fazendo evoluir as canções numa espiral minimalista e repetitiva.
O resultado, como nos seus discos, foi uma música mágica e hipnotizante, como uma fusão entre um universo psicadélico e memórias sonoras da infância. A quem ainda não tenha escutado nada de Juana Molina, sugiro a audição de "Son", lançado em 2006, um bom exemplo daquilo que aconteceu durante o serão no CCB.
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