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"Choque e espanto" na Gulbenkian

Quando se vai assistir a um concerto de jazz vanguardista tem que se estar de espírito aberto e preparado para tudo. Caso contrário, acontece aquilo que se viu no domingo passado, ao serão, no anfiteatro da Gulbenkian. Desiludidos com o que estavam a escutar, talvez imprudentes na escolha do espectáculo a ver durante o ciclo deste ano do "Jazz em Agosto", alguns elementos da audiência abandonaram o recinto quando Evan Parker e o Electro-Acoustic Ensemble ainda iam a meio da sua prestação.

Os motivos para esta decisão são fáceis de entender. No palco, 19 músicos improvisavam sob a coordenação do saxofonista, uma parte deles sentada em frente de computadores com os quais ia manipulando os sons produzidos por quem se ocupava a fazer soar os vários instrumentos reais. Resultado? Um puro "desconcerto" capaz de desafiar mesmo os tímpanos menos amarrados a formalismos.

Quem resistiu, e até foram a esmagadora maioria, foi bombardeado com os sons mais inesperados que se podem arrancar a um trompete ou a um saxofone barítono, ainda antes de passarem pelas mãos dos homens da electrónica que os devoravam e devolviam devidamente alterados e irreconhecíveis. Esta espiral de desconstrução durou cerca de uma hora. Por mim, teve graça, mas, depois desta operação "choque e espanto", sabe bem regressar a terrenos um pouco menos vertiginosos. É o que espero de Louis Sclavis, na próxima sexta-feira.

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