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Freakpolitics - o que diz o lado improvável dos políticos (9)

Gémeos falsos
O que inviabiliza uma coligação entre Sócrates e Portas é o que os une. Têm semelhanças demasiado diferentes.

São filhos de arquitectos. José Sócrates é filho do arquitecto Pinto de Sousa e Paulo Portas é filho do arquitecto Nuno Portas. Sócrates é filho de pais divorciados e Portas cresceu com pais separados. A primeira militância política do líder socialista foi na Juventude Social Democrata e os primeiros passos do presidente do CDS foram na JSD. Sócrates adora esquiar e Portas tira férias para fazer esqui. Há investigações judiciais que prejudicam Sócrates? Existem processos eternos a pairar sobre a cabeça de Portas. Gémeos? Ao que parece.

Com tanto em comum, não terá faltado conversa no jantar de José Sócrates com Paulo Portas na casa de Basílio Horta, no Estoril, para negociarem um acordo de Governo, como escreveu o Expresso este sábado. Fazia sentido ser Basílio Horta a patrocinar essa bizarria política que é o Bloco Lateral: afinal, Basílio foi ministro no Governo PS-CDS em 1978, já liderou a bancada parlamentar de Portas e agora é presidente da AICEP, colaborador vital do Governo socialista.

O Expresso escreve que “intransigência de Sócrates em relação às principais reivindicações dos centristas (sobretudo impostos e pensões)” inviabilizou o acordo. Mas não é por estes assuntos secundários de policies para o País ou por um ser socialista e outro conservador, um de esquerda e outro de direita, que eles não se entendem. O problema não reside no que os separa, o problema está no que os une.

São filhos de arquitectos, mas Nuno Portas é um académico premiado, enquanto o arquitecto Pinto de Sousa é o autor de uma torre na encosta da Covilhã que devia ser demolida. Cresceram com pais separados, mas Portas foi criado pela mãe e Sócrates pelo pai, o que faz toda a diferença. Andaram na JSD, mas Portas inscreveu-se por idolatrar Sá Carneiro, enquanto Sócrates cindiu por Sá Carneiro ter regressado ao PPD. Gostam de esquiar, mas Sócrates vai para os Pirinéus e para a Suíça, enquanto Portas prefere Aspen, nos Estados Unidos.

Se estas seriam razões bastantes, há outra determinante: Portas nasceu para a política como jornalista e Sócrates odeia jornalistas; se Portas fosse jornalista com Sócrates no poder, odiaria Sócrates. Alguém imagina uma coligação entre dois adversários com semelhanças tão diferentes?

Crónica publicada no site da SÁBADO.

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  1. Anonymous zp disse:

    Muito, muito bom.