A conversa pateta sobre a mudança dos feriados
Acabar com alguns feriados parece uma ideia razoável – o Carnaval é um exemplo, o 1 de Dezembro outro, o 8 de Dezembro outro ainda. Um feriado pagão, um feriado nacionalista, um feriado religioso. Tomando como bom o pressuposto de que é preciso que o país trabalhe mais, poderemos então discutir quantos feriados sacrificamos. E quais.
O que já parece pateta é a ideia de mover as datas dos feriados para evitar as pontes. O poder público mexe-se para acabar com a balda no próprio sector público e no privado. Talvez fosse mais fácil apertar a disciplina no Estado – tentem ir a um hospital nesses dias ou vejam a actividade no Parlamento – e deixar aos privados liberdade para fazerem o que entenderem.
Diz o argumento a favor da mudança das datas que na Alemanha os feriados também são movidos para evitar pontes e tal e tal. Mas acredito que na Alemanha os alunos tenham desde cedo de estudar para não chumbar, que os baldas tenham que enfrentar a hostilidade dos colegas, que os deputados que roubam gravadores se demitam antes de serem demitidos (ou não serem demitidos). O problema da responsabilização e da ética no trabalho é cultural – mudá-lo com a treta dos feriados à sexta ou à segunda é mera cosmética.
E gera polémicas inúteis: como celebrar o Natal a 27? Ou o 25 de Abril a 23?
O que já parece pateta é a ideia de mover as datas dos feriados para evitar as pontes. O poder público mexe-se para acabar com a balda no próprio sector público e no privado. Talvez fosse mais fácil apertar a disciplina no Estado – tentem ir a um hospital nesses dias ou vejam a actividade no Parlamento – e deixar aos privados liberdade para fazerem o que entenderem.
Diz o argumento a favor da mudança das datas que na Alemanha os feriados também são movidos para evitar pontes e tal e tal. Mas acredito que na Alemanha os alunos tenham desde cedo de estudar para não chumbar, que os baldas tenham que enfrentar a hostilidade dos colegas, que os deputados que roubam gravadores se demitam antes de serem demitidos (ou não serem demitidos). O problema da responsabilização e da ética no trabalho é cultural – mudá-lo com a treta dos feriados à sexta ou à segunda é mera cosmética.
E gera polémicas inúteis: como celebrar o Natal a 27? Ou o 25 de Abril a 23?