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O mundo de Sócrates mudou

O aumento de impostos com que somos agora confrontados é inevitável - nunca na história recente das finanças públicas portuguesas houve uma subida do défice e da dívida pública sem o consequente aumento da carga fiscal. O ponto ultrajante para quem paga impostos, também revelado pelos números, é que estes aumentos da receita nunca são correspondidos por cortes drásticos e reais na despesa. O Estado gasta mais, nós pagamos mais, o Estado continua a gastar mais. Ontem, na apresentação de um aumento brutal de impostos, José Sócrates deu mais um sinal de que esta prática vai continuar: o primeiro-ministro soube detalhar todas as subidas de impostos, com prazos e taxas, mas foi vago, como sempre, nos cortes na despesa (nota: cortes nas transferências para empresas públicas e autarquias não são cortes na despesa - pode haver desorçamentação).

Serve isto para sublinhar que a nova subida de impostos, apesar de inevitável, poderia ter sido menos prejudicial para a economia. Como? Com um plano atempado e agressivo sobre a despesa. Mas Sócrates ignorou durante mais de seis meses os sinais de pressão externa dos mercados e só o humilhante puxão de orelhas de Bruxelas o acordou para a realidade. Agora, sem tempo e pressionado pelo exemplo de Zapatero, o governo é obrigado a mostrar resultados - subir impostos à pressa, violando uma promessa eleitoral irrealista, é a receita mais rápida.

O adiantamento de mil milhões de euros em impostos que seremos forçados a dar ao Estado serve para o primeiro-ministro comprar lá fora o tempo que andou a perder. Fiel ao seu estilo, Sócrates defende que o mundo mudou nos últimos 15 dias e que os portugueses perceberão o que é pedido. Esta é a admissão de que a única coisa que mudou foi o mundo do primeiro-ministro - e a confirmação da gestão desastrosa das expectativas dos portugueses.

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“O mundo de Sócrates mudou”