As frases da entrevista (I)
"O mundo mudou..."
... "nessa semana", ou "nessas duas semanas", ou "nessas três semanas", conforme as várias vezes em que Sócrates usou este bordão. Nem vale a pena perder muito tempo com a patranha de que "o mundo mudou" na semana do Conselho Europeu, porque as obrigações do Tesouro pagavam juros de 5% que depois subiram para 7% e isso levou à "tomada de consciência" de que "a Europa" tinha que reagir em conjunto ao "ataque ao euro", bla bla bla... Numa frase: o que Sócrates tenta dizer com o bordão de que "o mundo mundou" é que a economia portuguesa até estava melhor que as outras ("campeões do crescimento, imagine-se!) e que apesar desse cenário radioso foi necessário apertar o cinto porque o euro precisava que Portugal o salvasse.
Os que há meses avisavam para o crescimento do endividamento, para o trambolhão das receitas fiscais, para a fantasia das projecções do Governo e para o erro das políticas económicas - enfim, para a necessidade de medidas muito mais duras - eram, naturalmente, gente de má fé, incompetente e que não sabia do que falava.
Agora a sério: de facto o mundo mudou naquele Conselho Europeu. Foi o momento em que Sócrates, que julgou que se ia conseguir safar pelo meio dos pingos da chuva, percebeu que se ia molhar. Nesse momento, o mundo de Sócrates - que pelos vistos acaba na ponta do seu nariz - deve ter desabado.
... "nessa semana", ou "nessas duas semanas", ou "nessas três semanas", conforme as várias vezes em que Sócrates usou este bordão. Nem vale a pena perder muito tempo com a patranha de que "o mundo mudou" na semana do Conselho Europeu, porque as obrigações do Tesouro pagavam juros de 5% que depois subiram para 7% e isso levou à "tomada de consciência" de que "a Europa" tinha que reagir em conjunto ao "ataque ao euro", bla bla bla... Numa frase: o que Sócrates tenta dizer com o bordão de que "o mundo mundou" é que a economia portuguesa até estava melhor que as outras ("campeões do crescimento, imagine-se!) e que apesar desse cenário radioso foi necessário apertar o cinto porque o euro precisava que Portugal o salvasse.
Os que há meses avisavam para o crescimento do endividamento, para o trambolhão das receitas fiscais, para a fantasia das projecções do Governo e para o erro das políticas económicas - enfim, para a necessidade de medidas muito mais duras - eram, naturalmente, gente de má fé, incompetente e que não sabia do que falava.
Agora a sério: de facto o mundo mudou naquele Conselho Europeu. Foi o momento em que Sócrates, que julgou que se ia conseguir safar pelo meio dos pingos da chuva, percebeu que se ia molhar. Nesse momento, o mundo de Sócrates - que pelos vistos acaba na ponta do seu nariz - deve ter desabado.
Etiquetas: entrevista Sócrates, o mundo mudou