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O fim das ilusões

Do governo Há uma semana, o ministro das Finanças afirmava que o contágio da crise grega a Portugal se sentia, mas esperava que fosse “uma situação temporária”, com “desfecho positivo”. Não é. A estratégia de contrariar as comparações com a Grécia e assobiar para o lado à espera que os mercados não dessem por nós estava condenada à partida. Ontem, com a casa a arder, Teixeira dos Santos – que tem aparecido sempre sozinho a falar da crise (onde anda o primeiro-ministro?) – disse o óbvio: as comparações com a Grécia são injustas, os mercados especulam, mas essa é a realidade. A retórica de um réu pouco vale. No curto prazo são precisos factos: antecipar as medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento (passar mais esforço para 2010) e apertar ainda mais o cinto da despesa corrente.

Do PSD Pedro Passos Coelho já avisou várias vezes que com ele à frente do PSD a redução dos benefícios fiscais para a classe média (que gera uma poupança orçamental de 2,2 mil milhões de euros) não passa no Parlamento. O PSD apresentou medidas alternativas de corte na despesa. Não chegam. Estas medidas não devem ser substitutos do corte dos benefícios, mas elementares acrescentos à dieta do PEC. Os mercados roubam a autonomia a Portugal a cada dia que passa – e roubam a margem ao PSD, que terá que recuar.

Dos portugueses Orwell escreveu em “O Caminho para Wigan Pier” que numa recessão profunda é possível ter uma grande fatia da população a viver melhor. Foi o que aconteceu em 2009, com juros baixos, preços a cair e salários a subir. Este conforto, combinado com a táctica política de esconder a verdadeira situação financeira do país, faz com que os portugueses não sintam a urgência do momento. Não mais. O governo vai ter de cortar despesa e, eventualmente, subir impostos. A alternativa, humilhante, é precisar que o FMI venha cá fazer isso por nós. Tenho dúvidas sobre se ainda iremos a tempo.

“O fim das ilusões”