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elevador da bica

Pobre Óscar

Ganhou a guerra, justamente. Mas perdeu o cinema, obviamente.

Os Óscares são um óptimo pretexto para discutir cinema. Raramente estão certos, porque nunca ninguém está certo sobre cinema. Como nunca ninguém está certo sobre estados de alma. Mas os Óscares têm um poder social, cultural e económico inegável. Os melhores filmes raramente são ignorados, mesmo quando não são nomeados.

E o que a edição deste ano nos disse sobre a América (e, em parte, sobre o mundo americanizado), é que a coisa está mesma feia. Foi uma das edições mais pobres da história dos Óscares (a nomeação de 10 filmes para o melhor ampliou a ideia). Embora se admita que coisas como District 9, Up in the Air ou Up só lá estão porque era preciso encher, a verdade é que a concorrência ao prémio máximo é mesmo fraca. Ganhou o Hurt Locker porque tem uma óptima e extremamente difícil realização (e montagem) e porque cumpre o propósito (põe o espectador num permanente estado de nervos), mas não se agiganta nunca. E, a história dos Óscares está cheia de gigantes.

Basta comparar com a edição de 2008 (No Country for Old Men, There will be Blood, Michael Clayton, Sweeney Todd, In the Valley of Elah, até o Atonement), para perceber que financeiramente os estúdios estão estrangulados e precisam de sucessivos fenómenos de marketing (Avatar) para conseguirem sobreviver às novas regras (menos financiamento dos bancos, mais critério nos orçamentos). Criativamente, menos dinheiro gera menos potencial desperdício (o desperdício está cheio de coisas boas) e limita os independentes. E o Obama não faz puxar tanto pela cabeça como o Bush.

Crises no cinema, só as morais, emocionais ou culturais. As económicas mordem a sério.

(o "jew hunter" ganhou. O único verdadeiro gigante deste ano, como o Elevador, em boa hora, sublinhou)

“Pobre Óscar”