Tudo começou com um pacto de regime...
O PSD começou as negociações para o Orçamento de Estado com a fasquia no máximo: não se tratava de aprovar o OE, mas de assinar um pacto de regime sobre as contas públicas. Mas rapidamente essa meta se desvaneceu. O CDS, com a sua micro agenda pragmática, ultrapassou o PSD como possível parceiro do PS. E logo o PSD se tocou perante a possibilidade de ser ultrapassado à direita por Portas, que anda há meses a construir a ideia de partido que conta perante o desconchavo laranja. Agora Ferreira Leite já deixa passar o OE (abstendo-se) sem pacto, sem grande coisa, apenas com sinais e compromisso de que a despesa vai descer e o endividamento não vai aumentar - avalizando a sua decisão com uma audiência com o primeiro-ministro. Está cada vez mais evidente que as eleições internas do PSD deviam ter sido logo a seguir às legislativas.
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