OE 2010: tardaste, mas vieste
Chegou tarde. Do ponto de vista fiscal não é tão agressivo como esperado – chega até a ser aparentemente amigo do contribuinte, com uma componente Robin dos Bosques, tão em voga nos tempos que correm. Folclore dos bónus à parte, a limitação do aproveitamento dos benefícios fiscais é uma medida a doer para a banca e as grandes empresas. No resto, de 2011 para a frente logo se verá como iremos de impostos. Na despesa não vi, mas pareceu-me mais do mesmo: aperta-se nos gastos com salários (claro) e no investimento público (ha ha ha, CLARO!).
A esta hora sobra apenas uma ideia: é positivo, sim, mas é curto. E para já não estou a ver como se conseguirá cortar o défice em três anos para 3% (pode subir-se o IVA, vender património, não sei). Veremos.