A morte lenta
Vai por aí um charivari por causa das agências de rating, sobretudo por causa de uma canalhíssima apreciação sobre a economia pátria que, ao que parece, estava a caminhar para uma "morte lenta", análise pobre que roça o racismo econométrico, já o disse alguém, pois somos parcos em resultados, não confundir isso com porcos, ou pigs, ou lá o que é, porque em banhos e duches pedimos meças a anglo-saxónicos e povos do norte. Corações ao alto, que esta nação custou muitas cabeças a lutar contra os mouros! Isto não é a Grécia, é uma economia que tende mais para a "rápida vivacidade" do que para a "morte lenta", é um campo florido de optimismo empreendedor e de exemplo para o mundo civilizado.
Se olharmos para o coiso económico assim um bocadinho mais em termos genéricos, percebemos que não é preciso ser um especialista-analista de risco internacional para tirar uma conclusão óbvia: a economia portuguesa está a morrer lentamente, década a década, e só daqui a 20 ou 30 anos vamos perceber se houve uma inversão deste plano inclinado.
- Na década de 80, o PIB português cresceu: 3,2%;
- Na década de 90, o PIB português cresceu: 2,7%;
- Na década de 00, o PIB português cresceu: 0,5% ou 0,6%;
(Estes números não são meus, note-se, são do prof. Medina Carreira)
- Na próxima década alguém arrisca prever um valor semelhante ao dos anos 80, o único capaz de inverter a destruição de empregos e relançar o País na senda da prosperidade?
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