Da série "De resto tudo bem" – 5
O défice orçamental rondará 8% do PIB este ano, a dívida pública total (directa e indirecta) aproxima-se de 120% do PIB, a economia deverá crescer abaixo de 1,5% nos próximos cinco anos. Perante isto, o governo garante que é possível manter o compromisso com os portugueses (não subir os impostos) e com Bruxelas (trazer o défice para 3% em 2013). Perante isto, a oposição mostra alarme e garante que não deixará subir os impostos. Entretanto, só durante o dia de ontem, o PCP pediu o fim do pagamento de propinas, o BE exigiu reforma por inteiro para quem desconta 40 anos e o PSD gritou por mais dinheiro para segurança pública em 2010.
No fundo, governo e oposição até estão a fazer o que o governador do Banco de Portugal, a Comissão Europeia, as agências de rating, os economistas e toda a gente que paga impostos lhes pede: os políticos portugueses estão mesmo a discutir medidas do lado da despesa. Agora só falta que alguém lhes explique que a ideia destas medidas é reduzir a despesa.
De resto tudo bem.
No fundo, governo e oposição até estão a fazer o que o governador do Banco de Portugal, a Comissão Europeia, as agências de rating, os economistas e toda a gente que paga impostos lhes pede: os políticos portugueses estão mesmo a discutir medidas do lado da despesa. Agora só falta que alguém lhes explique que a ideia destas medidas é reduzir a despesa.
De resto tudo bem.
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