<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d37878389\x26blogName\x3dElevador+da+Bica\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://elevadordabica.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://elevadordabica.blogspot.com/\x26vt\x3d248628773197250724', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
elevador da bica

Crucifixion? Yes, please


"Qualquer dia vão querer acabar com o sinal '+' na Matemática", ironiza o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa a propósito das ordens para retirar os crucifixos das salas das escolas públicas. A tirada faz lembrar uma história dos tempos da Berlim da guerra fria – consternados com o reflexo em forma de '+' que o sol fazia no topo espelhado da torre em Alexander Platz, os políticos da ex-RDA desesperavam em busca de uma solução para o problema bicudo de ter um símbolo religioso na construção mais alta da cidade. Até que veio a ideia, também ela brilhante: o "+" era um sinal positivo para o comunismo germânico e para a URSS.

Concordo com a retirada dos símbolos religiosos das escolas públicas, não porque a escola tenha de ser um buraco negro espiritual (como muitos defendem), mas porque pelo menos em termos formais – de representação – deve haver uma delimitação clara entre Estado e religião. O argumento do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos aponta outra razão válida: a liberdade de escolha religiosa das famílias e dos próprios alunos.

O que já não percebo é a sanha anti-religiosa nas escolas, com laivos de Iª República. É curioso que se pense que ao banir a representação religiosa – ou ao impedir pessoas das igrejas de visitar as escolas – se está a defender esse espaço imaginário de vácuo espiritual, no qual crescem saudavelmente os alunos. O cristianismo faz parte integrante da matriz cultural europeia – por outras palavras, o seu impacto indirecto é transversal a toda a sociedade. Mesmo aquela parte que, por ignorância ou pura inocência, nega à partida algo que desconhece.
Imagem: Life of Brian, 1979, Terry Jones (Monty Python)

“Crucifixion? Yes, please”