And now for something completely different
Nove meses depois de ter sido eleito, Barack Obama recebe o Nobel da Paz. A primeira reacção é de surpresa, a segunda é de estranheza.
Para o comité do Nobel – que tinha na lista os habituais dissidentes chineses e activistas afegãos – esta é uma forma de ampliar (e condicionar) o poder diplomático de Obama, o chefe da maior potência militar do mundo. Pode, também, ser um reflexo do alívio na era-pós Bush – um prémio anti-Bush.
No entanto, a verdade é que a "mudança de ambiente" enaltecida por Oslo sabe a pouco para um prémio com este significado – faltam resultados concretos no Afeganistão (para onde o novo Nobel da Paz vai mandar mais 40 mil soldados: doublespeak de Orwell?...), no Iraque e no Irão. E, sobretudo, falta tempo, para ver o que Presidente dos EUA pode realmente conseguir. A atribuição do prémio parece, por isso, muito frágil.
Mas, provavelmente, tudo até poderá ter sido como escreve um leitor da BBC: "Será que Obama ganhou apenas porque não invadiu nenhum país nos últimos nove meses?"
9/10/09 19:15
Espero que não se importe por ter um link para si no meu blog ;)
10/10/09 16:48
Se o objectivo foi o de descer mais um degrau na credibilidade do prémio Nobel da Paz, a missão foi plenamente cumprida.