Vencedores e derrotados, segunda leitura
PS - Meia vitória. Ganha as eleições mas perde a maioria absoluta e perde mandatos para todos os restantes partidos. Sai fragilizado desta corrida, mas com a razoável certeza de que ninguém terá coragem para, nos tempos mais próximos, mandar abaixo um novo Executivo socialista.
PSD - Derrota pesada. Não supera a fasquia dos 30%, apesar de conseguir aumentar o grupo parlamentar. Tendo em conta o cansaço de muitos sectores em relação ao Governo de Sócrates, a persistência dos problemas estruturais do país e a forte crise internacional, Manuel Ferreira Leite passou ao lado dos eleitores.
BE - Sobe, e muito, superando o PCP e passando a liderar a extrema-esquerda, mas não consegue cumprir a expectativa criada por diversas sondagens de passar a ser a terceira força política portuguesa. A progressão no número de votos é impressionante, o que revela ter o Bloco conseguido mobilizar, à esquerda, muito do descontentamento com o PS. Deve custar a engolir, mas Portas (Paulo, não Miguel), ensombrou a alegria de Louçã.
CDS - Consegue ficar à frente do Bloco de Esquerda, posicionando-se como terceira força partidária do país e passa a dispor de um grupo parlamentar de dimensão que já não se via há muitos anos nestas bandas. Paulo Portas é um dos grandes protagonistas da noite e um claro vencedor. Terá conseguido desviar muitos votos que, à direita, não se entusiasmaram com o PSD.
CDU - Derrota. Passa para o último lugar entre os "cinco grandes" e perde a liderança da extrema-esquerda. Ainda assim, sobe o número de votos e de deputados. Curto consolo para quem, no campeonato das forças políticas de menor dimensão, se vê ultrapassado pelo Bloco e pelo CDS, o que já não se via desde os distantes anos de fundação da democracia portuguesa.
PSD - Derrota pesada. Não supera a fasquia dos 30%, apesar de conseguir aumentar o grupo parlamentar. Tendo em conta o cansaço de muitos sectores em relação ao Governo de Sócrates, a persistência dos problemas estruturais do país e a forte crise internacional, Manuel Ferreira Leite passou ao lado dos eleitores.
BE - Sobe, e muito, superando o PCP e passando a liderar a extrema-esquerda, mas não consegue cumprir a expectativa criada por diversas sondagens de passar a ser a terceira força política portuguesa. A progressão no número de votos é impressionante, o que revela ter o Bloco conseguido mobilizar, à esquerda, muito do descontentamento com o PS. Deve custar a engolir, mas Portas (Paulo, não Miguel), ensombrou a alegria de Louçã.
CDS - Consegue ficar à frente do Bloco de Esquerda, posicionando-se como terceira força partidária do país e passa a dispor de um grupo parlamentar de dimensão que já não se via há muitos anos nestas bandas. Paulo Portas é um dos grandes protagonistas da noite e um claro vencedor. Terá conseguido desviar muitos votos que, à direita, não se entusiasmaram com o PSD.
CDU - Derrota. Passa para o último lugar entre os "cinco grandes" e perde a liderança da extrema-esquerda. Ainda assim, sobe o número de votos e de deputados. Curto consolo para quem, no campeonato das forças políticas de menor dimensão, se vê ultrapassado pelo Bloco e pelo CDS, o que já não se via desde os distantes anos de fundação da democracia portuguesa.
Etiquetas: legislativas 2009
28/9/09 01:20
Os grandes vencedores: Portas (que comeu votos ao PSD) e Loução (que fez o mesmo ao PS). Vencedor: Sócrates, que leva a taça mesmo com tudo o que tinha (justamente) a jogar ele. O grande derrotado: PSD de Ferreira Leite, que apostou no cavalo errado (a "asfixia") na campanha. O derrotado: Jerónimo, que previsivelmente tem cada vez menos pessoas a quem prometer o paraíso comunista.