A outra asfixia
Enquanto o país se choca com a novela Moura-Guedes-Sócrates e a "asfixia democrática", as agências de rating continuam a dar conta da outra asfixia, a das contas públicas.
A credibilidade destas agências já teve melhores dias, argumentam alguns. Tudo bem. Mas são estas empresas – Fitch, Moody's e S&P – que dizem aos mercados como vai este país em termos de risco, condicionando o preço a pagar pelo dinheiro que Portugal pede emprestado.
Todas, sem excepção, falam da posição frágil das contas públicas portuguesas e daquilo que consideram ser o problema essencial: a anemia económica, motivada pela fraca competitividade do país. Sem produção de riqueza para acompanhar a dívida e os gastos, o risco sobe – e, com ele, a factura dos juros.
Não ouço ninguém discutir isto – o que ouço é o "social", os "estágios", as "ajudas às PME", o "TGV". As eleições serão importantes, os tempos são difíceis, mas a classe política continua a mesma – fraca, como a competitividade das nossas empresas.
A credibilidade destas agências já teve melhores dias, argumentam alguns. Tudo bem. Mas são estas empresas – Fitch, Moody's e S&P – que dizem aos mercados como vai este país em termos de risco, condicionando o preço a pagar pelo dinheiro que Portugal pede emprestado.
Todas, sem excepção, falam da posição frágil das contas públicas portuguesas e daquilo que consideram ser o problema essencial: a anemia económica, motivada pela fraca competitividade do país. Sem produção de riqueza para acompanhar a dívida e os gastos, o risco sobe – e, com ele, a factura dos juros.
Não ouço ninguém discutir isto – o que ouço é o "social", os "estágios", as "ajudas às PME", o "TGV". As eleições serão importantes, os tempos são difíceis, mas a classe política continua a mesma – fraca, como a competitividade das nossas empresas.