Descubra as diferenças
Paulo Pedroso apoia a tese de Ferro Rodrigues de que o PS, caso vença as legislativas sem maioria absoluta, deve fazer, prioritariamente, uma coligação com o Bloco de Esquerda e o PCP.
Para sustentar a ideia, disse que as divergências entre socialistas e os dois outros partidos se resumem ao facto de bloquistas e comunistas terem "uma visão da situação internacional que data dos anos 70". De resto, adiantou o antigo deputado do PS, na política interna "não há nada de incompatível entre o PCP e o BE e o que o PS defende, tirando a retórica e as prioridades de agenda".
Argumentar que as divergências em matéria de política internacional não existem ou são irrelevantes já é muito discutível. Ainda assim, o mais curioso está no facto de Paulo Pedroso vir garantir que, no plano interno, não há nada de substancial que separe o PS dos outros dois partidos. Nem de propósito, na mesma edição do "Público" que hoje transcreve as declarações de Pedroso, é publicado um trabalho sobre as propostas do BE e do PCP de nacionalizar a Galp, EDP, REN e o sector bancário.
Das duas, uma: ou o PS ainda não revelou todo o seu programa e tinha surpresas na manga que Paulo Pedroso decidiu desvendar, ou o entusiasmo do antigo ministro da Segurança Social por uma coligação de esquerda é tão descomunal que o faz andar distraído com as diferenças de fundo que ainda existem entre os socialistas, o BE e o PCP.
Para sustentar a ideia, disse que as divergências entre socialistas e os dois outros partidos se resumem ao facto de bloquistas e comunistas terem "uma visão da situação internacional que data dos anos 70". De resto, adiantou o antigo deputado do PS, na política interna "não há nada de incompatível entre o PCP e o BE e o que o PS defende, tirando a retórica e as prioridades de agenda".
Argumentar que as divergências em matéria de política internacional não existem ou são irrelevantes já é muito discutível. Ainda assim, o mais curioso está no facto de Paulo Pedroso vir garantir que, no plano interno, não há nada de substancial que separe o PS dos outros dois partidos. Nem de propósito, na mesma edição do "Público" que hoje transcreve as declarações de Pedroso, é publicado um trabalho sobre as propostas do BE e do PCP de nacionalizar a Galp, EDP, REN e o sector bancário.
Das duas, uma: ou o PS ainda não revelou todo o seu programa e tinha surpresas na manga que Paulo Pedroso decidiu desvendar, ou o entusiasmo do antigo ministro da Segurança Social por uma coligação de esquerda é tão descomunal que o faz andar distraído com as diferenças de fundo que ainda existem entre os socialistas, o BE e o PCP.
Etiquetas: Bloco de Esquerda, distracções, Paulo Pedroso, PCP