Sócrates desiludiu na apresentação do programa
Estive há umas horas no CCB a ouvir José Sócrates apresentando o programa eleitoral do PS - uma desilusão.
Não que estivesse iludido - há muito que não cultivo a expectativa na política - mas com tantas críticas à ausência de ideias no PSD, pensei que viesse aí o grande fôlego do PS para os próximos anos, mas o discurso de Sócrates soube a pouco, a muito pouco, pobrezinho, muito pobrezinho, cheio de generalidades, pior que os seus discursos parlamentares.
No discurso desta tarde, numa sala cheia de tão pequena, em vez de sublinhar novas políticas do PS, atacou o PSD. Tem razão nas críticas, mas se critica falta de ideias dos outros era bom que nos desse algumas que valessem a pena. Falou em "continuar", "estender", "reforçar" e "melhorar" as políticas anteriores. Repetiu as últimas medidas que apresentou no Parlamento e nos jornais. E não deu nada de verdadeiramente novo que fosse relevante ou mobilizador para o futuro do país. Nem falou da regionalização (espero que tenha desistido dessa e que não tenha sido mera omissão táctica).
Num momento em que o País enfrenta a crise que tem, em que as eleições vão ser decididas por um voto ou dois, em que a crise política pós-eleitoral pode ser grave, surge-nos pela frente um primeiro-ministro com menos capacidade de olhar para o mundo hoje do que quando se candidatou pela primeira vez em 2005. E com menos pujança.
É um contra-senso. Agora Sócrates tem mais experiência. Mais informação. Devia ter mais condições para lançar ideias que fossem mais à frente das que teve há quatro anos. A não ser que esteja desiludido, cansado, menos ambicioso, mas isso não cola com a imagem do "estou muito satisfeito comigo mesmo".
Assim não vai lá. Mas vou dar o benefício da dúvida: vou ler o programa e depois logo digo se o acho melhor que o discurso de Sócrates ou se o discurso foi curto por o programa ser pouco. Qual então a diferença em relação ao PSD?
Não que estivesse iludido - há muito que não cultivo a expectativa na política - mas com tantas críticas à ausência de ideias no PSD, pensei que viesse aí o grande fôlego do PS para os próximos anos, mas o discurso de Sócrates soube a pouco, a muito pouco, pobrezinho, muito pobrezinho, cheio de generalidades, pior que os seus discursos parlamentares.
No discurso desta tarde, numa sala cheia de tão pequena, em vez de sublinhar novas políticas do PS, atacou o PSD. Tem razão nas críticas, mas se critica falta de ideias dos outros era bom que nos desse algumas que valessem a pena. Falou em "continuar", "estender", "reforçar" e "melhorar" as políticas anteriores. Repetiu as últimas medidas que apresentou no Parlamento e nos jornais. E não deu nada de verdadeiramente novo que fosse relevante ou mobilizador para o futuro do país. Nem falou da regionalização (espero que tenha desistido dessa e que não tenha sido mera omissão táctica).
Num momento em que o País enfrenta a crise que tem, em que as eleições vão ser decididas por um voto ou dois, em que a crise política pós-eleitoral pode ser grave, surge-nos pela frente um primeiro-ministro com menos capacidade de olhar para o mundo hoje do que quando se candidatou pela primeira vez em 2005. E com menos pujança.
É um contra-senso. Agora Sócrates tem mais experiência. Mais informação. Devia ter mais condições para lançar ideias que fossem mais à frente das que teve há quatro anos. A não ser que esteja desiludido, cansado, menos ambicioso, mas isso não cola com a imagem do "estou muito satisfeito comigo mesmo".
Assim não vai lá. Mas vou dar o benefício da dúvida: vou ler o programa e depois logo digo se o acho melhor que o discurso de Sócrates ou se o discurso foi curto por o programa ser pouco. Qual então a diferença em relação ao PSD?