Como desatar o nó: cenários
Com o PSD e o PS empatados, teremos um Outono mais quente do que os calores do Verão eleitoral. Embora hoje as sondagens... enfim... a verdade é que o estudo da Eurosondagem SIC/Expresso/RR deixa antever uma grande dor de cabeça para Cavaco Silva. É preciso não esquecer que Cavaco não poderá dissolver a AR nos seis meses seguintes às Legislativas, ou seja, até Abril de 2010; e também não a poderá dissolver a partir de Agosto de 2010, seis meses antes das eleições Presidenciais. Portanto, poderemos vir a ter vários governos com base na mesma composição parlamentar. Os resultados são estes:
PS - 33%
PSD - 31%
BE- 10%
CDU - 9,4%
CDS - 8,5%
Com um resultado mais ou menos assim, podemos ter cenários estranhos, mesmo muito estranhos. Os partidos irão a Belém na segunda-feira, 28 de Setembro, comunicar as suas posições ao PR e depois o tabuleiro é de Cavaco. Convém não esquecer que, segundo a Constituição, o PR nomeia o PM com base nos resultados eleitorais, depois de ouvidos os partidos com assento parlamentar e isso dá-lhe uma grande margem de manobra.
Cenário 1 - O PS assume um Governo minoritário, fazendo acordos pontuais com o CDS, o Bloco e por vezes o PSD. O CDS e o PS adoptarão uma táctica de "tenaz" para entalar e diminuir o PSD, que terá toda a pressão do PR para manter a estabilidade e a governabilidade - sobretudo se a líder continuar a ser Manuela Ferreira Leite.
Cenário 2 - O PS assume que fará um governo minoritário, mas uma coligação pós-eleitoral PSD-CDS reclama o Governo junto do PR, por ter mais deputados ainda que não a maioria absoluta. Cavaco tem de decidir. Mas se der o Governo à direita terá toda a esquerda a precipitar uma crise rapidamente. O PR tem de usar de toda a sua influência junto do PS para lhe amansar os ímpetos.
Cenário 3 - PS coliga-se ou faz um acordo de incidência parlamentar com o BE. Terá o PSD e o CDS do outro lado da barricada e será o PCP o fiel da balança.
Cenário 4 - Bloco Central. Pode assumir duas formas: coligação governamental ou acordo parlamentar, com Cavaco a funcionar como pivot do diálogo entre as duas forças políticas. é muito improvável com as actuais lideranças.
Cenário 5 - Cavaco dá posse a um governo suportado pelo PS e pelo PSD com um primeiro-ministro à cabeça que ambos os partidos aceitem e que não é nenhum dos líderes partidários.
A fantasia daria para muito mais, mas temo que a realidade venha a ser mais fértil do que a minha modesta imaginação.
PS - 33%
PSD - 31%
BE- 10%
CDU - 9,4%
CDS - 8,5%
Com um resultado mais ou menos assim, podemos ter cenários estranhos, mesmo muito estranhos. Os partidos irão a Belém na segunda-feira, 28 de Setembro, comunicar as suas posições ao PR e depois o tabuleiro é de Cavaco. Convém não esquecer que, segundo a Constituição, o PR nomeia o PM com base nos resultados eleitorais, depois de ouvidos os partidos com assento parlamentar e isso dá-lhe uma grande margem de manobra.
Cenário 1 - O PS assume um Governo minoritário, fazendo acordos pontuais com o CDS, o Bloco e por vezes o PSD. O CDS e o PS adoptarão uma táctica de "tenaz" para entalar e diminuir o PSD, que terá toda a pressão do PR para manter a estabilidade e a governabilidade - sobretudo se a líder continuar a ser Manuela Ferreira Leite.
Cenário 2 - O PS assume que fará um governo minoritário, mas uma coligação pós-eleitoral PSD-CDS reclama o Governo junto do PR, por ter mais deputados ainda que não a maioria absoluta. Cavaco tem de decidir. Mas se der o Governo à direita terá toda a esquerda a precipitar uma crise rapidamente. O PR tem de usar de toda a sua influência junto do PS para lhe amansar os ímpetos.
Cenário 3 - PS coliga-se ou faz um acordo de incidência parlamentar com o BE. Terá o PSD e o CDS do outro lado da barricada e será o PCP o fiel da balança.
Cenário 4 - Bloco Central. Pode assumir duas formas: coligação governamental ou acordo parlamentar, com Cavaco a funcionar como pivot do diálogo entre as duas forças políticas. é muito improvável com as actuais lideranças.
Cenário 5 - Cavaco dá posse a um governo suportado pelo PS e pelo PSD com um primeiro-ministro à cabeça que ambos os partidos aceitem e que não é nenhum dos líderes partidários.
A fantasia daria para muito mais, mas temo que a realidade venha a ser mais fértil do que a minha modesta imaginação.