Sobre a pressão alta dos clientes do BPP
Isto é que é pressionar o poder político. Parece-me claro que se alguns clientes mais activos do BPP - os mais desesperados, imagino - não tivessem ido para a rua fazer barulho a solução para os seus problemas seria adiada para as calendas gregas.
O BPP deveria cair, assumindo clientes, accionistas e Estado (na medida em que teria que garantir os depósitos) as suas devidas perdas. Os clientes poderiam, então, processar os reguladores (CMVM e Banco de Portugal) por incompetência grosseira. Os accionistas poderiam ir atrás da gestão do banco e dos auditores. O governo ganharia uma boa razão para acordar a regulação financeira portuguesa do seu soninho letárgico.
Contudo, depois de ter corrido a salvar o BPN - seguindo o argumento pouco sustentado do "risco sistémico" - Governo e Banco de Portugal deveriam pressionar e acelerar a resposta possível que prometeram para os problemas dos clientes do BPP. Desde Dezembro de 2008 que os clientes - que socialmente sofreram logo aquele estigma de terem as suas poupanças no "banco dos ricos" - já viram adiada por três vezes a possibilidade de poderem tocar em algum do seu dinheiro.
Do lado da "coisa pública" há que perceber a situação destas pessoas e trabalhar mais depressa. Do lado dos clientes há que entender que isto não é admissível e joga contra os seus objectivos.
O BPP deveria cair, assumindo clientes, accionistas e Estado (na medida em que teria que garantir os depósitos) as suas devidas perdas. Os clientes poderiam, então, processar os reguladores (CMVM e Banco de Portugal) por incompetência grosseira. Os accionistas poderiam ir atrás da gestão do banco e dos auditores. O governo ganharia uma boa razão para acordar a regulação financeira portuguesa do seu soninho letárgico.
Contudo, depois de ter corrido a salvar o BPN - seguindo o argumento pouco sustentado do "risco sistémico" - Governo e Banco de Portugal deveriam pressionar e acelerar a resposta possível que prometeram para os problemas dos clientes do BPP. Desde Dezembro de 2008 que os clientes - que socialmente sofreram logo aquele estigma de terem as suas poupanças no "banco dos ricos" - já viram adiada por três vezes a possibilidade de poderem tocar em algum do seu dinheiro.
Do lado da "coisa pública" há que perceber a situação destas pessoas e trabalhar mais depressa. Do lado dos clientes há que entender que isto não é admissível e joga contra os seus objectivos.