Quando a política atropela os powerpoints
Embora todos tenham ficado mal na fotografia – Sócrates, Bava, Ferreira Leite... – só podemos ficar satisfeitos com o fim do negócio-que-não-chegou-a-ser entre a PT e a Prisa, dona da TVI.
Há por aí quem continue a defender a visão tirada dos PowerPoint e folhas de Excel da PT – que este era um negócio essencial para a nova PT, a empresa do Meo e da fibra óptica. Que a PT precisa dos conteúdos, que abortar o negócio é um caminho perigoso de interferência numa empresa privada (que, azar dos Távoras, tem uma golden-share), etc. etc.
Tudo isto até pode ser verdade – ou seja, do ponto de vista do negócio até pode haver um racional, como tentou explicar Bava, na sua desastrada entrevista. Mas esta linha de argumentação apaga o óbvio lado político da questão. E, neste caso, a importância política do negócio – ampliada, admito, pelo actual contexto pré-eleitoral – passa por cima dos powerpoints e dos cálculos dos gestores da PT.
Não perceber isto é não entender o país em que vivemos.
Há por aí quem continue a defender a visão tirada dos PowerPoint e folhas de Excel da PT – que este era um negócio essencial para a nova PT, a empresa do Meo e da fibra óptica. Que a PT precisa dos conteúdos, que abortar o negócio é um caminho perigoso de interferência numa empresa privada (que, azar dos Távoras, tem uma golden-share), etc. etc.
Tudo isto até pode ser verdade – ou seja, do ponto de vista do negócio até pode haver um racional, como tentou explicar Bava, na sua desastrada entrevista. Mas esta linha de argumentação apaga o óbvio lado político da questão. E, neste caso, a importância política do negócio – ampliada, admito, pelo actual contexto pré-eleitoral – passa por cima dos powerpoints e dos cálculos dos gestores da PT.
Não perceber isto é não entender o país em que vivemos.