A boa e a má Manela
Boa Manela
Apareceu diante de Ana Lourenço ungida pela autoridade da vitória eleitoral nas europeias. Pela primeira vez, Manuela Ferreira Leite aparece como líder do PSD sem estar no limbo, sem ir cair no dia seguinte. Se dantes ninguém a ouvia, agora as suas palavras têm poder e consequências: o adiamento do TGV é decorre disso; o fim do negócio PT-TVI é consequência do que disse na entrevista. O facto de passar a ser possível chefe de Governo daqui a uns meses muda tudo. Passa um ar seriedade e serenidade. E a sua narrativa política, que sempre achei que estava errada, agora penso que, não sendo canónica, pelo menos é coerente. E a coerência é mais recompensada do que a mensagem mais trabalhada, mas sem colar com a realidade.
Má Manela
A gaffe: dizer que a maior crise dos últimos 100 anos foi um "abalozinho" ser-lhe-á recordado todos os dias por José Sócrates. Dizer que não fará nada enquanto se mantiver este nível de endividamento seca-a politicamente. Portanto, no programa eleitoral que vier a apresentar, se o PSD não tiver um plano de combate ou de redução da dívida externa, não é credível. Manela acerta no diagnóstico mas não tem terapia. O Governo tem um discurso para a questão do endividametno externo, o da aposta nas energias para reduzir a dependências energética. Manuela não anunciou ainda os seus remédios. Apenas afirma que não fará promessas que não possa cumprir, mas já prometeu que não aumentará os impostos, coisa arriscada tendo em conta os últimos dois exemplos de primeiros-ministros. Finalmente: Não tem uma ideia para um modelo de desenvolvimento do País. Sócrates tinha um eixo que era o Plano Tecnológico. Ela diz apenas que governará melhor e com melhores políticas. Não há um caminho para o país que se infira daqui. Por agora, ainda é muito pouco.
Apareceu diante de Ana Lourenço ungida pela autoridade da vitória eleitoral nas europeias. Pela primeira vez, Manuela Ferreira Leite aparece como líder do PSD sem estar no limbo, sem ir cair no dia seguinte. Se dantes ninguém a ouvia, agora as suas palavras têm poder e consequências: o adiamento do TGV é decorre disso; o fim do negócio PT-TVI é consequência do que disse na entrevista. O facto de passar a ser possível chefe de Governo daqui a uns meses muda tudo. Passa um ar seriedade e serenidade. E a sua narrativa política, que sempre achei que estava errada, agora penso que, não sendo canónica, pelo menos é coerente. E a coerência é mais recompensada do que a mensagem mais trabalhada, mas sem colar com a realidade.
Má Manela
A gaffe: dizer que a maior crise dos últimos 100 anos foi um "abalozinho" ser-lhe-á recordado todos os dias por José Sócrates. Dizer que não fará nada enquanto se mantiver este nível de endividamento seca-a politicamente. Portanto, no programa eleitoral que vier a apresentar, se o PSD não tiver um plano de combate ou de redução da dívida externa, não é credível. Manela acerta no diagnóstico mas não tem terapia. O Governo tem um discurso para a questão do endividametno externo, o da aposta nas energias para reduzir a dependências energética. Manuela não anunciou ainda os seus remédios. Apenas afirma que não fará promessas que não possa cumprir, mas já prometeu que não aumentará os impostos, coisa arriscada tendo em conta os últimos dois exemplos de primeiros-ministros. Finalmente: Não tem uma ideia para um modelo de desenvolvimento do País. Sócrates tinha um eixo que era o Plano Tecnológico. Ela diz apenas que governará melhor e com melhores políticas. Não há um caminho para o país que se infira daqui. Por agora, ainda é muito pouco.