Adeus bloco central, olá ingovernabilidade
Perto das 0h00. Resultados com supresas:
1. Cinco pontos do PSD sobre o PS (eu não esperava tanto)
2. Bloco assume-se como terceiro partido, com 10,7% (dez vezes mais do que há dez anos)
3. Somando o BE à CDU, temos 21,1% de votos na esquerda esquerda (a proletária e a urbano-intelectual). Ou seja, nestas eleições parte do bloco PS partiu-se e flutuou para a esquerda.
4. Com os seus 8,3% o CDS mantém-se vivo e pode vir a ser opção para o PSD.
5. A abstenção nestas eleições não se repetirá nas legislativas (nem nas autárquicas, pelo meio) - onde votará, ninguém sabe.
Daqui saltam à vista duas conclusões óbvias: 1) quem votou disse não à opção de bloco central (portanto, por favor, vamos parar de falar nisso); 2) não querendo acenar com o fantasma da ingovernabilidade (que palavra), mas acenando, digo que vêm aí tempos instáveis na política portuguesa.
Uma certeza: vai ser mais divertido (e bom para a minha profissão).
1. Cinco pontos do PSD sobre o PS (eu não esperava tanto)
2. Bloco assume-se como terceiro partido, com 10,7% (dez vezes mais do que há dez anos)
3. Somando o BE à CDU, temos 21,1% de votos na esquerda esquerda (a proletária e a urbano-intelectual). Ou seja, nestas eleições parte do bloco PS partiu-se e flutuou para a esquerda.
4. Com os seus 8,3% o CDS mantém-se vivo e pode vir a ser opção para o PSD.
5. A abstenção nestas eleições não se repetirá nas legislativas (nem nas autárquicas, pelo meio) - onde votará, ninguém sabe.
Daqui saltam à vista duas conclusões óbvias: 1) quem votou disse não à opção de bloco central (portanto, por favor, vamos parar de falar nisso); 2) não querendo acenar com o fantasma da ingovernabilidade (que palavra), mas acenando, digo que vêm aí tempos instáveis na política portuguesa.
Uma certeza: vai ser mais divertido (e bom para a minha profissão).
8/6/09 00:04
1. Esperava mais nivelamento entre PS e PSD.
2. Não imaginava o BE com tantos votos (mais do dobro do que nas europeias anteriores)
3. Sócrates não deve tirar férias este Verão (adeus, Quénia, portanto), porque se não se põe a fancos (palavra bonita, esta), corre o risco de ter de convidar o Loução ou o Portas para ministro de Estado
4. Quem não votou nestas eleições será determinante nas próximas.
5. É certo que só quem está é que faz falta, mas deveremos tirar conclusões nacionais quando mais de metade dos portugueses resolveu ficar na praia ou noutro sítio qualquer de papo para o ar?
Posto isto, realmente, estamos na profissão ideal para os próximos tempos!!!
8/6/09 22:07
Pois!... conclusões nacionais acho que não, mas que é um sinal forte...
Isto vai dar mais receptividade (outra bela palavra) à Ferreira Leite...
... mas sobre o sentido de voto da maioria silenciosa pouco se sabe... imagino que ontem votou mais a esquerda, sempre mais mobilizada (nota-se pela distribuição dos votos pelo BE e CDU) - onde votará o centrão?