Mostrem como vão fazer, pede Constâncio
Enquanto desenhava o cenário da desgraça da economia portuguesa em 2009, Vítor Constâncio teve tempo para reenviar um recado ao Governo: gastem, sim, mas com cuidado e, por favor, mostrem aos portugueses como vão depois corrigir o que estão a gastar.
Mostrem um calendário, digam que medidas são temporárias e quando acabam. Anunciem "medidas de compensação em receita ou despesa" (uma pérola na arte do eufemismo = a mais impostos, mais venda de património, menos despesa pública, menos investimento público).
Constâncio não falou dos planos de investimento público do Governo – "apenas dos pacotes de estímulo", como se o resto não fosse também para martelar a crise – mas aqui no Elevador acrescentamos o tema ao recado do governador.
Bom seria usar o dinheiro para aguentar o drama social do desemprego e adiantar as despesas possíveis (como o que o Governo fez com as escolas). O resto – essa ideia peregrina de que com investimento público 'titânico' uma pequena economia aberta como a portuguesa pode combater o tsunami que vem de fora – é lixo. Daquele que pode muito bem gerar uma crise orçamental, lá à frente, na curva.
Mostrem um calendário, digam que medidas são temporárias e quando acabam. Anunciem "medidas de compensação em receita ou despesa" (uma pérola na arte do eufemismo = a mais impostos, mais venda de património, menos despesa pública, menos investimento público).
Constâncio não falou dos planos de investimento público do Governo – "apenas dos pacotes de estímulo", como se o resto não fosse também para martelar a crise – mas aqui no Elevador acrescentamos o tema ao recado do governador.
Bom seria usar o dinheiro para aguentar o drama social do desemprego e adiantar as despesas possíveis (como o que o Governo fez com as escolas). O resto – essa ideia peregrina de que com investimento público 'titânico' uma pequena economia aberta como a portuguesa pode combater o tsunami que vem de fora – é lixo. Daquele que pode muito bem gerar uma crise orçamental, lá à frente, na curva.