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elevador da bica

A interminável valsa


"Valsa com Bashir" é um grande filme porque toca com humanidade no - usando a terminologia Mexia - "cá dentro" e o "lá fora" da guerra.

No primeiro plano está a reconstrução das memórias do realizador, Ari Folman, que aos 19 anos foi enviado para a primeira guerra de Israel no Líbano, em 1982. Esta foi a guerra em que o conflito Israel/Palestina se cruzou com o pântano da guerra civil libanesa - a guerra em que os israelitas perderam definitivamente a inocência da sua causa, uma perda culminada nos massacres de civis palestinianos de Sabra e Shatilla.

O filme ilustra a construção do puzzle das memórias do conflito que Folman enterrou - as entrevistas com antigos companheiros, as motivações e os efeitos que a guerra teve em cada um, os sonhos e os relatos de acontecimentos (imagens oníricas inesquecíveis, grande banda sonora), o esforço de interpretação feito por quem fala no filme.

Este caminho interior faz-se em paralelo com a descrição da guerra no Líbano - da loucura (a cena da valsa entre balas é o topo), do alheamento da hierarquia (Sharon aparece uma vez), do sofrimento dos civis (o murro no estômago no final do filme). Um "Catch 22" no Médio Oriente, filmado em animação (de grande nível), mais duro. Trailer aqui.

No final é incrível - e impossível não reparar - como as imagens (reais - as únicas) das mulheres palestinianas que choram os mortos dos massacres são exactamente iguais às que se viram ontem em Gaza. Um drama sem fim.

“A interminável valsa”

  1. Anonymous Anónimo disse:

    Agora ainda quero mais ir ver :)

    E já que falas de cinema não resisto a deixar um comentário. E um conselho, já agora:

    1. Este sábado fui ver "O Estranho caso de Benjamin Button", inspirado num conto de Scott Fitzgerald e numa frase de Mark Twain – “a vida seria infinitamente mais feliz se nascêssemos com 80 anos e nos aproximássemos gradualmente dos 18”. Gostei da premissa - Benjamin é um homem que nasce com oitenta anos e que, com o passar do tempo, vai ficando cada vez mais novo. No fundo, é uma espécie de relógio (metáfora que, aliás, é usada no filme), com os ponteiros condenados a girar em sentido contrário. Também gostei de pensar que perdemos demasiado tempo a pensar no tempo que passa e nas coisas que não lhe resistem – também há as outras, que conseguem fintar a passagem do tempo. Gostei. Mas não acho que seja um filme maravilhoso: a história é fantástica, há episódios muito bons e os efeitos visuais, que recriam o envelhecimento das personagens, não podiam ser melhores. Mas aquele Brad Pitt e aquela Cate Blanchett mereciam mais força, mais profundidade, mais do que uma sucessão de episódios que se desenrolam de forma esperada e terminam sem nenhuma surpresa. É como se o filme fosse tropeçando durante mais de duas horas, com momentos em que não tiramos os olhos do ecrã, e outros em que nos mantemos mais ou menos indiferentes. Esperava mais.

    2. E agora o conselho. Sou uma feroz adepta das salas de cinema do Monumental. Não porque sejam particularmente bonitas - não são - e provavelmente haverá por aí outras muito mais modernas. Mas pelo menos lá estamos a salvo das pipocas (não se vendem e, por enquanto, ainda não vi ninguém trazer de casa), das miúdas de 10 anos que não param de falar e de tirar fotografias ao ecrã (quando o Brad Pitt lá está, claro) com o seu telemóvel – será que as crianças já nascem com telemóvel? Ah, e dos rapazes que provavelmente foram arrastados para o cinema pelas namoradas e se entretêm a suspirar de dois em dois minutos, mesmo ao meu lado. Posso ter tido azar mas, enquanto me lembrar desta, não me apanham numa sala de cinema que não esteja devidamente certificada contra barulhos identificados, e outros menos – e eu fui ao Campo Pequeno (perdi a sessão no cinema do costume e resolvi arriscar. Um erro, como se vê). Por agora, limito-me ao Monumental, onde a faixa etária do público não inclui crianças de 10 anos sem os pais ao lado, nem pipocas (eu gosto muito de pipocas. Doces, principalmente. Mas não gosto de ser alvo de guerras de arremesso, nem de barulhos estranhos), nem pessoas a suspirar.

    AT