Fundamentalismo e pragmatismo
Esta notícia publicada no "Diário de Notícias" revela que o número de vítimas mortais em acidentes rodoviários registados em Lisboa aumentou depois da instalação de radares de controlo da velocidade. Os números citados referem que em 2007/2008 houve seis mortos em acidentes nas zonas que têm radar, contra os quatro verificados em 2006/2007.
Ainda assim, a Comissão de Avaliação do Sistema de Velocidade e Vigilância do Tráfego de Lisboa (podiam ter arranjado uma designação um pouco mais abreviada) vai votar e aprovar hoje, segundo o mesmo jornal, uma proposta para reduzir a velocidade máxima permitida para 30 quilómetros por hora, estando em cima da mesa, também, a possibilidade de acabar com a "onda verde" em diversas artérias da cidade. Tudo isto apesar de as estatísticas, da responsabilidade daquela comissão, evidenciarem o aumento do número de mortos, apesar dos radares, e uma redução das vítimas mortais antes de aqueles equipamentos de caça à multa terem entrado em funcionamento.
Num país em que abundam os comportamentos irresponsáveis ao volante, a segurança rodoviária é uma boa causa. Mas, como sinalizam as estatísticas, nem todas as soluções são eficazes, o que aconselharia a menos fundamentalismo e mais pragmatismo nas decisões. Muito provavelmente, o que se ganhará com aquelas duas medidas em simultâneo será baixar a fluidez do trânsito, aumentar os congestionamentos e, por essa via, os consumos de energia e os danos ambientais. Parece um preço demasiado alto a pagar pelo que parece ser coisa nenhuma.
Ainda assim, a Comissão de Avaliação do Sistema de Velocidade e Vigilância do Tráfego de Lisboa (podiam ter arranjado uma designação um pouco mais abreviada) vai votar e aprovar hoje, segundo o mesmo jornal, uma proposta para reduzir a velocidade máxima permitida para 30 quilómetros por hora, estando em cima da mesa, também, a possibilidade de acabar com a "onda verde" em diversas artérias da cidade. Tudo isto apesar de as estatísticas, da responsabilidade daquela comissão, evidenciarem o aumento do número de mortos, apesar dos radares, e uma redução das vítimas mortais antes de aqueles equipamentos de caça à multa terem entrado em funcionamento.
Num país em que abundam os comportamentos irresponsáveis ao volante, a segurança rodoviária é uma boa causa. Mas, como sinalizam as estatísticas, nem todas as soluções são eficazes, o que aconselharia a menos fundamentalismo e mais pragmatismo nas decisões. Muito provavelmente, o que se ganhará com aquelas duas medidas em simultâneo será baixar a fluidez do trânsito, aumentar os congestionamentos e, por essa via, os consumos de energia e os danos ambientais. Parece um preço demasiado alto a pagar pelo que parece ser coisa nenhuma.
14/1/09 16:22
... mais eficaz ainda seria obrigar os condutores a sair e empurrar o próprio carro em certas zonas - não passando a marca olímpica dos 5 km/h. Isso sim, reduziria a "senestralidade".
30 km/h - não há limite para o ridículo, nem para a caça à multa.