Conspiração grisalha
Ontem, num desabafo inesperado, um empresário da indústria portuguesa contou-me como vai ter de despedir cerca de 30 pessoas, cortesia da total paralisação da economia. Explicou-me depois que no actual contexto de dificuldades de tesouraria - o mal da falta de liquidez, comum a grandes empresas - não vai poder aproveitar a crise para despedir alguns dos piores e mais antigos trabalhadores da empresa. Porquê? "Porque esta lei laboral é muito protectora e despedir essas pessoas obrigaria a uma despesa que neste momento não podemos comportar". Qual a alternativa? "Vamos ter de mandar embora pessoas mais novas, melhores, com contratos a termo."
Com a crise a apertar as empresas vai ser interessante perceber a composição da nova vaga de desemprego que aí vem - ou, em cada anúncio de despedimentos, perceber o perfil e idade de quem perde o lugar de trabalho. Certo é que a nova lei laboral - que, na base, toma todos os empresários por facínoras descongelados da Revolução Industrial - vai ser mais um obstáculo a dificultar a vida às empresas portuguesas em tempo de crise.
Aqui está uma análise interessante da oportunidade perdida na recente reforma do Código do Trabalho - uma reforma demasiado delicada para o PS a tão pouco tempo de um ano eleitoral.
P.S. (salvo seja) Título do post roubado com suavidade ao livro com o mesmo nome de Fernando Ribeiro Mendes
Com a crise a apertar as empresas vai ser interessante perceber a composição da nova vaga de desemprego que aí vem - ou, em cada anúncio de despedimentos, perceber o perfil e idade de quem perde o lugar de trabalho. Certo é que a nova lei laboral - que, na base, toma todos os empresários por facínoras descongelados da Revolução Industrial - vai ser mais um obstáculo a dificultar a vida às empresas portuguesas em tempo de crise.
Aqui está uma análise interessante da oportunidade perdida na recente reforma do Código do Trabalho - uma reforma demasiado delicada para o PS a tão pouco tempo de um ano eleitoral.
P.S. (salvo seja) Título do post roubado com suavidade ao livro com o mesmo nome de Fernando Ribeiro Mendes