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Os inimigos da liberdade

O que António Costa afirmou ao Rádio Clube no domingo (aqui, via Expresso) mostra bem como a nossa classe política aprecia a liberdade de imprensa. José Sócrates disse que o trabalho de investigação do jornalista do Público, José António Cerejo, foi “vasculhar” na sua vida pretérita, o equivalente a “arqueologia jornalística”. Embora desmentisse a notícia, não respondeu com clareza a nenhuma das questões do jornal. Para António Costa, isto foi um ataque inqualificável ao primeiro-ministro. Mas ele próprio é que fez um ataque – esse sim gratuito - ao carácter do director do Público. Os políticos gostam do jornalismo de investigação – tão raro em Portugal – desde que vise os adversários. Apenas os adversários.

O problema é que os políticos que são inimigos das liberdades não vivem apenas no PS: atravessam a classe política. As lideranças partidárias não podem fazer censura prévia, mas exercem sanções à posteriori. Não sei se as pessoas têm noção, mas de cada vez que há uma seta para baixo, um artigo mais incómodo, o político visado entra em blackout – esperando que da próxima vez a publicação se encolha para manter o canal de comunicação aberto e assim o acesso às fontes. Luís Filipe Menezes, Ribau Esteves, Pedro Santana Lopes e até Francisco Louçã fazem parte do rol. António Costa é um desses: depois de incomodado por uma Entrevista Dura à Sábado - feita no mesmo tom de todas as entrevistas aos candidatos à câmara de Lisboa -, deixou de falar à revista. Tem todo o direito de falar para onde quer. Mas confirma esta impressão: os políticos enchem a boca com Liberdade, mas gostam é de jornalismo de andor.

“Os inimigos da liberdade”